As bolsas da Europa viveram este último dia da semana com fortes altas, corrigindo de dois dias consecutivos de derrapagens. Os índices de Londres, Paris e Milão ganharam mais de 4% há alguma euforia, mas os analistas preferem deitar água na fervura: “A mensagem das anteriores crises de crédito é que as quedas dos mercados tendem a ser prolongadas e é difícil saír delas. As economias mundiais têm tempos difíceis pela frente, pelo menos nos próximos doze meses”, diz Russell Jones.
Iô-iô nas bolsas
Esta semana, as bolsas da Europa viveram uma verdadeira montanha-russa, com uma subida em flecha na segunda-feira, um ganho mais modesto na terça, fortes quedas na quarta-feira e ontem e, agora, uma subida de mais de 6% no índice Eurostoxx 50.
Este iô-iô motiva muita especulação. Se a queda nas bolsas leva muitos à ruína, há quem se aproveite da crise para fazer negócios. Este ano, o salão do investimento, que abriu em Paris, promete ser concorrido. “Para nós, é um negócio que faz “boom”, no sentido em que muita gente, ao ver a volatilidade das bolsas, quer entrar no mercado para tirar proveito dessa volatilidade”, diz um dos corretores presentes no certame.
Mas há quem prefira jogar pelo seguro. “Já investi muito e agora estou à procura de investimentos mais seguros”, diz uma visitante do salão.
Embora muitos prefiram arriscar, ninguém esquece que os tempos são de crise – uma crise que ninguém sabe quando vai acabar.