Ninguém esconde a desilusão face ao acordo sobre as alterações climáticas obtido em Copenhaga.
Os Estados Unidos, a China, a Índia, o Brasil e a África do Sul negociaram um acordo à última da hora que é criticado pelos países em desenvolvimento.
O próprio Barack Obama admitiu que o progresso alcançado não é suficiente.
O texto estipula o compromisso de limitar a dois graus centígrados a subida das temperaturas mundiais mas não estabelece limites concretos para as emissões de CO2.
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, afirma que não esconde a sua “desilusão” face à natureza não vinculativa do futuro acordo e sublinha que o texto fica “aquém das expectativas”.
O acordo prevê ajudas financeiras para que os países pobres possam lutar contra as alterações climáticas.
De fora fica o objectivo de reduzir as emissões de CO2 em oitenta por cento até 2050. O desacordo entre países ricos e economias emergentes mantém-se.
O director da Greenpeace em França fala em desastre e considera que a cimeira representa um passo atrás em relação a Quioto. Pascal Husting sublinha que o texto “não tem substância e não faz referência à ciência”.
A cimeira fica marcada pelo braço-de-ferro entre os Estados Unidos e a China que se acusam mutuamente de responsabilidades em matéria de alterações climáticas.