A declaração política adoptada em Copenhaga resulta de difíceis negociações de última hora entre líderes de 26 países industrializados e emergentes.
O pseudo acordo, sem carácter vinculativo, foi concluído numa reunião na noite passada que teve como principais actores os Estados Unidos, a China, a Índia, o Brasil e a África do Sul.
Sem esconder reticências e desilusão, a União Europeia acabou por apoiar o resultado final, considerando que é melhor um pequeno avanço, que nenhum.
Os principais líderes mundiais abandonaram Copenhaga sem ver aprovado o documento na sessão plenária do COP 15.
Algumas nações em desenvolvimento e de pequena dimensão criticaram as negociações dos principais líderes em grupo restricto.
Países como o Tuvalu, pequeno arquipélago do Pacífico que pode desaparecer com a subida das águas, rejeitaram a declaração.
Face à oposição intransigente de países como o Sudão, a Bolívia, a Venezuela, a Nicarágua ou Cuba, era preciso encontrar uma solução que permitisse o encerramento da cimeira, com um dia de atraso.
A solução de compromisso foi a aprovação de uma declaração que faz referência a um acordo em Copenhaga. Sem objectivos concretos, mas sobretudo intenções, esta declaração final inclui a lista das nações contra e a favor do dito acordo.
Especialistas do clima e ecologistas denunciam um enorme fracasso, numa cimeira que, apesar de alguns aplausos finais, ficou muito longe das espectativas geradas pela maior reunião de sempre sobre o combate às alterações climáticas.