O governo alemão acredita que o euro está em perigo. Pela primeira vez, a chanceler Angela Merkel usou estas palavras duras para se referir à actual situação.
Isto depois de ter proibido certas operações especulativas nos mercados, uma medida que está a dividir os governos da Europa.
Para Merkel, defender a moeda única é algo vital: “O euro, que juntamente com o mercado doméstico, é a base do crescimento e da prosperidade na Alemanha, está em risco. A união monetária é um destino comum. Por isso, estamos a lidar com nada mais nada menos que a preservação do ideal europeu”.
Entre os governos que apoiam as medidas alemãs está o português. A Comissão para o Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), proibiu também estas operações. O primeiro-ministro José Sócrates deu uma entrevista em que defende as medidas de rigor recentemente tomadas.
Em causa estão as operações chamadas “naked short selling”, ou vendas a descoberto, que permitem a venda de divisas, antes mesmo da compra, apostando numa queda futura dos preços.
As bolsas estão a reagir em baixa à decisão. Madrid tem sido a praça mais penalizada com a recente crise do euro.
A Espanha fez uma nova emissão de obrigações, de pouco menos de 6,5 mil milhões de euros.
Na Grécia, as boas notícias são que o país conseguiu cobrir toda a dívida que estava agora a caducar, graças ao empréstimo feito pelos parceiros europeus e pelo FMI.