Astana: E depois de Contador?

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De  Euronews
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Tudo a postos para o grande dia. É já no dia 2 de julho que arranca a prova-rainha do ciclismo mundial, a Volta a França em bicicleta.

A equipa da Astana esteve a preparar-se nesta última prova por etapas, o Dauphiné Libéré. A equipa do Cazaquistão quer voltar a brilhar, mesmo sem as estrelas de outros anos.

A Astana prepara agora a era pós-Contador. O vencedor do Tour do ano passado saíu da equipa, mas a Astana continua apostada em ir cada vez mais longe.

Segundo o diretor desportivo Lorenzo Lepage, a equipa tem uma filosofia de sacrifício e coragem: “Temos menos pressões por parte dos patrocinadores, porque não fazemos publicidade a uma marca, nem queremos vender nada. Mas, por outro lado, é uma equipa muito orgulhosa. É algo muito especial. Quando entramos para esta equipa, mesmo eu, que sou belga, ao fim de alguns meses começamos a sentir-nos cazaques”.

Usar as cores azul celeste e amarela, da bandeira do Cazaquistão, é mais que uma simples camisola: é uma forma de viver, para todo este pelotão internacional.

Este exemplo começa a ser seguido por outras equipas de ciclismo um pouco por todo o mundo. A equipa Astana nasceu há cinco anos, com dois grandes objetivos: “Fazer a promoção do país e desenvolver o ciclismo no Cazaquistão. Conhecemos o potencial das grandes provas e, se ganhamos e temos sucesso, o projeto torna-se mais atrativo para as pessoas, não só no Cazaquistão como também no estrangeiro”, explica Aidar Makhmetov, outro dos responsáveis da equipa.

Com a saída de Contador, Alexandre Vinokourov é a esperança, este ano, para um sucesso a 24 de julho nos Campos Elíseos.

A grande aposta é no espírito de grupo, para uma vitória na classificação por equipas.

A solidez do grupo é o segredo desta equipa – uma solidez que este ano se fecha em torno de um líder, Alexandre Vinokourov. Esta união em torno do ciclista torna-se ainda mais simbólica, sendo o corredor do Cazaquistão.

Vino ganhou já quatro etapas do Tour, venceu a Vuelta de 2006 e esteve suspenso entre 2007 e 2009 por dopagem.

Conta Vinokourov: “Sempre tive um espírito combativo. Tento sempre atacar, em qualquer altura, qualquer situação. Desde que tenha pernas para isso… tento e consigo”.

A caminho dos 38 anos, Vinokourov vai correr o Tour pela última vez. A esperança da juventude mantém-se. A experiência conta, mas a idade não deixa margem para erros. Este ano, Vino espera poder vestir a camisola amarela e, quem sabe, subir ao pódio.

Antes de arrumar a bicicleta, Vinokourov tem como missão encontrar um sucessor à altura no ciclismo cazaque. Vino é considerado o melhor ciclista de todos os tempos no país.

O corredor prepara ao pormenor este adeus à prova-rainha do ciclismo. O sonho é oferecer uma nova vitória à Astana, vencedora das últimas duas edições do Tour.

A prenda que quer oferecer à equipa é vitória na montanha… ou, quem sabe, um lugar no pódio nos Campos Elísios. Uma boa ocasião para fazer o V -que seria não só de Vinokourov, mas também de… vitória.

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