MNE cipriota: "a reunificação da ilha vai ser uma realidade"

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Erato Kozakou-Marcoullis é a ministra dos Negócios Estrangeiros da República do Chipre. País membro da UE desde o alargamento de 1 de maio de 2004, Chipre entrou para a Zona Euro a 1 de janeiro de 2008.

Mas a situação nesta pequena ilha do mediterráneo oriental continua a ser muito especial: a parte norte, ocupada pela Turquia, autoproclamou-se República Turca do Norte da Chipre.

E a República de Chipre vai assumir a presidência rotativa da União Europeia em julho de 2012.

Para responder às acusações turcas, ligámos a Nicosia para falar com a ministra dos Negócios Estrangeiros de Chipre.

Alisdair Sandford, euronews – Acha que fazer prospeções de petróleo e de gás não é uma provocação para os turcos?

Erato Kozakou-Marcoullis – Este projeto começou há vários anos. Não é novo.

Para começar, desde 2007, Chipre começou a assinar acordos com os vizinhos, primeiro com o Líbano, depois com Egipto, em 2007.

Em 2010 chegámos a um acordo com Israel para a delimitação das nossas zonas económicas exclusivas. Todos os nossos contactos e todas as nossas atividades se baseiam nas convenções das Nações Unidas e nas leis marítimas.

Depois de todos esses acordos, começamos o projeto de leis de licenseamento.

Todas as atividades se desenvolveram na zona económica exclusiva.

O que viermos a descobrir na zona exclusiva, qualquer recurso natural, será utilizado para o benefício da Chipre, dos chipriotas, tanto cipriotas gregos como cipriotas turcos, e também vai servir para responder às necessidades energéticas europeias.

euronews – Como vai garantir que beneficia todos os habitantes da ilha, incluindo os cipriotas turcos?

E.K-M. – Esperamos, estamos convencidos de que a reunificação da ilha vai ser uma realidade, por isso tanto os cipriotas gregos como os cipriotas turcos, toda a população de Chipre vai beneficiar da exploração dos recursos naturais.

Relativamente à atitude da Turquia, a verdade é que não nos surpreende.

Durante os últimos 37 anos sofremos agressões, contínuas agressões e agora a comunidade internacional, principalmente os nossos parceiros da União Europeia, estão a começar a ver a verdadeira face da Turquia.

euronews – A Turquia afirma que não está a ser agressiva, mas apenas a defender os próprios interesses.

E.K-M. – A defender os interesses…pode defender-se os próprios interesses quando se tem direitos. A Turquia está a entrar na nossa zona económica exclusiva. Está a fazer, como divulgou, investigações sismográficas. E ameaça prosseguir as prospeções e com a possível exploração das atividades de extração na nossa zona económica exclusiva, que é a zona económica exclusiva de um membro da União Europeia.

euronews – No próximo ano, Chipre vai assumir a presidência da UE. Essa ocasião vai servir para se aproximar da Turquia, com vista à reconciliação ou, antes,para isolar a Ancara?

E.K-M. – Não vamos tentar isolar a Turquia. Receio que Turquia se esteja a isolar sozinha da União Europeia, quando ameaçam, e isto saiu da boca de todos os dirigentes turcos, desde o primeiro-ministro até muitos ministros, congelar as relações com a UE se não houver uma solução do problema chipriota até Chipre assumir a presidência.

Isso é um insulto para a União Europeia, é uma afronta para as instituições da União Europeia, e o problema é que Turquia não reconhece um dos Estados membros da União. É um problema para Turquia, não é um problema para a União Europeia.

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