A máquina de propaganda norte-coreana continua a propagar uma imagem de luto e dor pela morte anunciada do “Querido Líder”, enquanto o mundo inteiro questiona todas as hipóteses de mudança…
Luto na Coreia do Norte incentiva esperança de abertura nos ocidentais
Do sucessor, Kim Jong-um, filho desconhecido do ditador, ignora-se até a idade. Acha-se que tem menos de 30 anos e que carece de experiência política. Mas a idolatria institucionalizada está a tratar de divulgar uma imagem coerente com a tutela de poder.
Durante este período de luto já recebeu pessoalmente duas delegações não oficiais: a do arquiinimigo do sul, liderada por Kim Dae-Jung, viúva do presidente que organizou a primeira cimeira intercoreana, em 2000.
E a de Hyun Jung-Eun, presidente do grupo Hyundai, grande investidor no país.
Pyong Yang exige as condolências oficiais de Seul como condição para reatar o diálogo norte sul.
Oficialmente as duas Coreias ainda estão em guerra. Depois do armistício de 1953, nem Seul nem Pyong Yang quiserama assinar o tratado de paz e os incidentes fronteirços são frequentes. Com o Japão o conflito mantem-se desde a II Guerra Mundial e o diferendo dos escravos de guertra e dos japoneses raptados e mortos na Coreia do Norte.
Kim Jong-Il dirigiu a Coreia do Norte com mão de ferro, desde 1994.O regime, que instaurou ficou mais fortalecido e, de modo algum vai revelar vulnerabilidade.
Apesar dos especialistas desejarem a desnuclearização do país, nada indica que a Coreia do Norte desista do poder dissuasivo de 700 a 6000 km de distância.
Os líderes políticos da China e do Japão reuniram-se na segunda-feira em Pequim e decidiram deixar as contendas tradicionais de lado para cooperar por uma península coreana estável. Hu Jintao esteve depois na embaixada norte-coreana em Pequim, onde defendeu as conversações a seis para a desnuclearização.
Ou seja, entre as duas Coreias, a China, o Japão a Rússia e os Estados Unidos.
A euronews entrevistou Robert Laurence Kuhn, especialista nesta área, que pode ver na íntegra neste site.