Tudo em aberto na diplomacia norte-americana

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De  Euronews
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O balanço da política de negócios estrangeiros de Obama, principalmente na Europa e no Médio Oriente, é dececionante.

O famoso discurso do Cairo no princípio do mandato não passou de uma ilusão.

A mão que estendeu ao mundo árabe traduziu-se na incompreensão inicial das reivindicações da Primavera Árabe, principalmente sobre o Egito.

As mudanças radicais de liderança nesses países obrigaram a diplomacia norte-americana a improvisar uma política radicalmente diferente para a região.

Mas o que mais provocou a deceção das populações afetadas foi a incapacidade de Obama em reativar as negociações israelo-paestiniana.

Por outro lado, as relações entre o chefe do executivo israelita, Benjamin Netanyahu e Barack Obama são muito frias, mesmo quando Israel pede mais firmeza com o Irão.

No entanto, o autor e especialista da potência norte-americana, James Mann, considera que o embargo contra o Irão é precisamente um dos sucessos da diplomacia de Obama.

James Mann, Johns Hopkins University:

“O sucesso relativamente ao Irão é que foi capaz de ganhar um apoio considerável para impôr sanções económicas contra o regime de Teerão”

Nos Estados Unidos retêm-se os golpes infligidos à Al Qaeda e a estratégia para sair das guerras iniciadas por Bush.

Jordan Tama, American University:

“Teve muito sucesso na decapitação da liderança Al Qaida, da maioria dos líderes no Paquistão e no Iémen, incluindo Bin Laden. Também reduziu a presença militar americana no Médio Oriente, retirando-se do Iraque de forma responsável, sem que o país mergulhasse no caos ou numa guerra civil, e iniciou a retirada do Afeganistão”

Um outro analista considera que o Afeganistão continua a seguir um rumo incerto:

Michael Ou’Hanlon, Brookings Institution:

“Há um perigo real de que os talibãs tomem de novo as rédeas do poder no Afeganistão, e essa é uma das razões pela qual os Estados Unidos, com outras partes envolvidas, estão a tentar enviar a mensagem de que vão continuar a ajudar depois de 2014”.

Como garantir a estabilidade no Afeganistão, depois da retirada das tropas, sem que o país se converta num santuário de terroristas? A resposta cabe à próxima administração americana.

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