Remover o fator psicológico para aumentar os lucros

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Em 2009, Charalambos Psimolophities chegou ao grupo FxPro como diretor financeiro. Agora, ocupa a direção executiva de uma das mais dinâmicas plataformas corretoras no Forex, o mercado cambial. De acordo com os princípios éticos, a euronews salienta que a FxPro é um dos seus anunciantes. No entanto, destacamos também que a entrevista que o jornalista Ali Sheikholeslami efetuou em Londres teve todo um outro âmbito: as oscilações atuais daquele que é o maior mercado do mundo.

Ali Sheikholeslami: De que forma é que a crise económica está a afetar o desempenho global da FxPro?

Charalambos Psimolophities: Não creio que a crise esteja a ter um papel relevante no volume de operações do mercado cambial Forex. Aquilo que importa neste mercado é a volatilidade. Quanto maior for, maior é o volume operacional que se regista. O mercado tem estado tranquilo nos últimos seis meses. Não tem a ver com a instabilidade económica, tem a ver com as incertezas sobre a futura supremacia, ou não, do euro e do dólar, nos próximos anos.

AS: Diria que a crise financeira está a levar os seus clientes, no mercado retalhista, a assumir riscos maiores ou a agir de forma mais conservadora?

CP: Todos os dias há mudanças no Forex. Em geral, têm-se comportado de uma forma mais conservadora. No entanto, em períodos de incerteza económica, e com tudo o que está a acontecer com a economia grega e na zona euro, os clientes estão a tornar-se um pouco mais agressivos. Por um lado, ao longo de um mês, por exemplo, podem ser mais conservadores; mas mal surgem notícias importantes, passam a intervir mais agressivamente no mercado.

AS: A FxPro avançou para o modelo de agência. O que é que isto significa?

CP: A palavra mágica: “alinhamento”, no caso, de interesses com os clientes. A diferença do modelo de agência é que negociamos com o cliente, para o cliente, ao contrário do que acontece com os provedores de mercado com quem pode haver um conflito de interesses: ganha-se dinheiro quando o cliente perde e perde-se quando o cliente ganha. Há uma grande diferença entre o modelo de agência e o modelo de geração de mercado.

AS: Qual é o nível de apuramento dos clientes retalhistas? Eles já têm experiência no mercado? A FxPro vai verificar que percurso fizeram antes de lhes abrir uma conta?

CP: Sim, controlamos o que está para trás. Dia após dia, têm cada vez mais conhecimentos sobre o mercado. Tentamos fornecer toda a assistência possível, através de seminários via web, livrarias online que podem consultar, de forma a aprender mais sobre o mercado Forex. O padrão, nos próximos anos, será haver cada vez mais gente informada. É essa a vantagem do modelo de agência, que permite alinhar os nossos interesses com os dos clientes. O nosso objetivo é que continuem a transacionar durante longos períodos, que sejam bem-sucedidos nisso, porque, assim, irão ficar muito mais tempo. Nos próximos meses, vamos fornecer-lhes mais ferramentas educativas, dar-lhes mais recursos para aumentar a rentabilidade da experiência negocial, os mecanismos algorítmicos. Hoje em dia, deixa-se tudo a cargo dos computadores. A psicologia é algo em constante mutação. Ao deslocar a estratégia negocial para a ferramenta algorítmica, estamos a remover a psicologia da equação. O cliente passa a obter muito mais lucro. O problema é quando os pequenos clientes tentam ser bons investidores. Com tudo o que as notícias nos mostram diariamente, com todas as oscilações no mercado cambial, é muito fácil cair em perdas significativas. Estamos a trabalhar intensamente no sentido de reverter essa tendência e de aumentar os ganhos dos nossos clientes.

AS: Mas concorda que o mercado Forex pode ser extremamente arriscado para alguém como eu, por exemplo, sem qualquer experiência. Provavelmente, perderia tudo. É verdade?

CP: Não estou nada de acordo. Não é o mercado Forex que é arriscado, é a atribuição de margens para alavancar lucros. De uma forma geral, o mercado cambial é menos volátil do que o mercado acionista ou os índices. Recorrendo a uma alavancagem multiplicada por 100, uma oscilação de um por cento no mercado cambial pode equivaler a perdas ou ganhos de 100 por cento. É esse sistema que torna o Forex mais arriscado, não é o mercado em si. As pessoas podem utilizar esse sistema em períodos diferenciados. Por exemplo, quando há uma volatilidade extrema, é melhor moderar o uso da alavancagem, porque, se o mercado for no sentido contrário ao seu, nem que seja em um por cento, o seu capital irá ficar 100 vezes mais exposto; a operação pode arrasar os seus fundos ou duplicá-los. É arriscado, mas é preciso aprender as técnicas de gestão para as utilizar em diferentes condições.

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