Al Zawahiri: França e Islão estão em guerra

Al Zawahiri: França e Islão estão em guerra
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

Mohammed Al Zawahiri, líder da Jihad do movimento egípcio salafista e irmão do líder da Al Qaeda (Ayman al-Zawahiri) que foi médico de Bin laden até à morte.
Critica a França pela invasão ao Mali e a Argélia pela morte dos reféns; defende a sharia islâmica e considera que lutar contra os judeus é um dever religioso de todos os muçulmanos.
Os Estados Unidos ofereceram uma recompensa de 25 milhões de dólares pelo irmão, Ayman.

Membro fundador e comandante militar da Jihad islâmica, Mohammed al Zawahiri terá passado 14 anos na prisão por terrorismo, o que não se confirma em todas as fontes – também andou fugido pelo Yemen, Afeganistão e Emiratos Árabes, entre outros.

Em 2011, foi libertado de um breve cativeiro e de novo preso, no Egito.
A euronews entrevistou-o no Egito:

Das suas palavras depreende-se que se França continua as operações militares no Mali, a resposta jihadista será condenar e fazer um apelo à paz. Não pretendem fazer chegar uma mensagem forte ao governo francês?

Mohammed Al Zawahiri – Não, nós como muçulmanos, e não apenas como jihadistas salafistas, devemos fazer o possível, verbal ou fisicamente, para o denunciar. É uma agressão. Se alguém me atacar, entrar na minha casa e matar a minha mulher e os meus filhos, eu vou ficar sem fazer nada? Não teria lógica, seria inaceitável. A França abriu fogo, começou a guerra e se isto continua os primeiros que se vão queimar são os ocidentais.

euronews – Mas que culpa tinham os estrangeiros que estavam a trabalhar na refinaria e que não tinham nada a ver com as operações militares em Mali? São apenas trabalhadores e técnicos…

Mohammed Al Zawahiri – Mas quem começou esta guerra? Quem começou a agredir os outros? Quem está por trás do massacre? A resposta é que foi o país que enviou aviões e soldados para o Mali.

Em segundo lugar, os raptores não mataram os reféns. Eles queriam utilizá-los como moeda de troca, mas os dirigentes não quiseram e preferiram bombardear a refinaria, praticar esses crimes odiosos.
Por isso pergunto uma vez mais: quem os matou? não os raptores, claro, mas as forças argelinas, que obedeceram às instruções do ocidente.”

Muhammad al-Zawahiri esteve envolvido na organização do “11 de setembro de 2012”, protesto contra a embaixada dos Estados Unidos no Cairo .

No dia 18 de janeiro de 2013, organizou uma manifestação no exterior da embaixada de França no Cairo contra a intervenção francesa no Mali .
Descreveu as ações militares de França como “ameaça de retorno do colonialismo francês sobre os povos árabes e islâmicos” e afirmou que a França estava em guerra com o Islão.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

ONU abandona Mali no momento em que os Wagner cimentam posição

Ressurgimento do terrorismo no Mali

Família italiana libertada após quase dois anos em cativeiro no Mali