Amadinejad passa revista às Forças Armadas iranianas e insiste no poder nuclear

Amadinejad passa revista às Forças Armadas iranianas e insiste no poder nuclear
Direitos de autor 
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
PUBLICIDADE

Uns meses antes de deixar a presidência do Irão (em junho), Mahmoud Ahmadinejad assistiu ao seu último dia das Forças Armadas. E, como nos oito anos de liderança, aproveitou a demonstração de força para exercer a mesma retórica bélica contra os Estados Unidos e Israel.
Desta vez, Ahmadinejad qualificou as ameaças de Israel de bombardear as centrais nucleares iranianas de “latidos de um cão inofensivo”.

Pouco depois, o secretário de Defesa norte-americana viajou para a região para vender armas aos seus aliados israelitas e a outros inimigos de Irão, como os Emirdtos Árabes e a Arábia Saudita.

Contratos enormes que, segundo Chuck Hagel, enviam um sinal muito claro a Teerão.

E, se na guerra verbal não há tréguas, também não se constatam avanços nas discussões entre Teerão e a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), ou nas negociações diplomáticas com as grandes potências ocidentais.

O Irão não só não suspende o programa nuclear como o intensifica. No princípio do mês, inaugurou duas novas minas de urânio. O mineral extraído serve para produzir o chamado “yellow cake”, produto intermediário no fabrico do hexafluoruro de urânio que se emprega nos processos de enriquecimento.

Enquanto o presidente Ahmadinejad se vangloria publicamente de controlar toda a corrente de produção da energia nuclear, as últimas negociações entre os iranianos e os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU voltaram a saldar-se em fracasso.

Teerão sublinha que continua a enriquecer urânio para fins civis e não para fabricar a arma atómica, como suspeitam os ocidentais.
A Europa e os Estados Unidos agravaram as sanções e o embargo bancário e ao petróleo, que o regime de Teerão está a pagar muito caro. As sanções provocaram um choque monetário: a inflação está acima do 30%. Os preços das importações são os mais afetados. Mas o país não renuncia às ambições nucleares.

As presidenciais de junho, a que Ahmadinejad não se pode candidatar depois dos dois mandatos, vão acontecer num contexto económico e social extremamente difícil e crispado. A chave do futuro da região pode estar nas urnas de voto.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Bélgica garante energia nuclear até 2035

Emmanuel Macron assume erros de testes nucleares na Polinésia Francesa

Vítimas de ensaios nucleares à espera de Macron