Croácia espera que fundos comunitários compensem entrada na UE

Croácia espera que fundos comunitários compensem entrada na UE
De  Euronews
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O Parlamento Europeu passa a contar com 12 eurodeputados da Croácia que foram acolhidos, esta segunda-feira, na sessão plenária, em Estrasburgo. Foram eleitos em Abril passado pelos cidadãos daquele que se tornou o 28 Estado-membro da UE.

O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, disse que “o povo da Croácia iniciou, há muitos anos, um longo caminho, no qual conquistou a liberdade face à opressão e recuperou a soberania nacional. A entrada na UE é consequência dessa luta para recuperar a liberdade”.

Antiga província da ex-Jugoslávia, a Croácia declarou-se independente em 1991 e foi um dos protagonistas da guerra na região dos Balcãs, no sudeste europeu.

Memórias que os cerca de quatro milhões de habitantes querem também enterrar com esta entrada na UE, dez anos depois do país ter sido aceite como candidato.

Um momento celebrado na capital, Zagreb, nos primeiros minutos do dia 1 de Julho. 170 altos dignitários, incluindo 15 presidentes e 13 primeiros-ministros, estiveram presentes na cerimónia.

Apesar de entrar numa União em crise económica, a Croácia vai receber, nos próximos sete anos, 14 mil milhões de euros de fundos comunitários.

A correspondente da euronews em Bruxelas, Efi Koutsokosta, entrevistou um dos diretores do Centro de Investigação e Estudos Internacionais, Jacques Rupnik, especialista sobre a Croácia.

Face à questão de que as sondagens mostram que apenas 39% dos croatas estão satisfeitos com a entrada na União Europeia, porque esta se encontra numa grande crise, Rupnik admite que “a UE não é neste momento um clube muito atrativo”.

Mas o investigador acrescenta que “a crise teria afetado a Croácia com a adesão ou sem a adesão. Mesmo que a Croácia não entrasse na UE, seria afetada pela recessão que grassa na UE e, particularmente, na zona euro. Logo, mais vale estar dentro do que fora, porque estando dentro beneficia de todos os fundos comunitários, tais como os estruturais e da política agrícola comum, como aconteceu com a Polónia, Hungria, República Checa, Eslováquia e muitos outros ao longo da última década”.

(veja a entrevista na íntegra em vídeo)

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