Controlar a inflação é o principal teste para novo presidente do Irão

Controlar a inflação é o principal teste para novo presidente do Irão
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De  Euronews
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Hassan Rouhani usou a crise económica como principal bandeira da campanha eleitoral para presidente do Irão.

“Os senhores conduziram o país até esta difícil situação. O povo já não vos apoia mais!”, disse num dos seus comícios.

Nestas ocasiões e também nos debates televisivos, Rouhani prometeu uma nova política para combater a inflação galopante e a escassez de bens no país, marcado por sanções económicas internacionais e corrupção interna.

A campanha beneficiou também da desqualificação do antigo presidente Akbar Hashemi Rafsanjani e da desistência de Mohammad Reza Aref.

A 14 de Junho, Hassan Rouhani ganhou a eleição na primeira volta, com um pouco mais de metade dos votos.

Para os cerca de 70 milhões de habitantes, a maior expetativa é que o presidente consiga controlar a taxa de inflação, que ronda os 42%, de acordo com o próprio Banco Central do Irão.

Entre as principais promessas estão ainda o incentivo à produção nacional, contra a enorme onda de importações não regulamentados, particularmente da China, e a criação de novos empregos.

Hassan Rouhani, cuja tomada de posse é a 4 de Agosto, pretende fazer diagnóstico da situação do país nos primeiros três meses de governo.

Em junho, o Banco Mundial anunciou que o Irão deve quase 700 milhões de dólares e que está seis meses atrasado no pagamento de uma parcela de 79 milhões.

Por outro lado, na sequência de sanções económicas por causa do programa nuclear, as exportações de petróleo caíram de mais de dois milhões de barris por dia para menos de um milhão.

O crude que antes mantinha forte a divisa nacional, o rial, é agora moeda de troca para importar bens essenciais.

As sanções, mais intensas por parte dos EUA e da União Europeia, visam levar o Irão a mudar o comportamento em relação ao programa nuclear, autorizando inspeções.

Até agora, o regime de Teerão tem recusado, argumentando que o programa tem fins pacíficos e não se destina a fabricar a bomba atómica.

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