As crianças que vivem num hospital e vão à escola

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De  Euronews
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Sofrer de uma doença prolongada impede o processo educativo? Qual o melhor método para ensinar crianças hospitalizadas? Há cada vez mais projetos pedagógicos pensados especificamente para crianças debilitadas. Um dos objetivos é explicar-lhes todo o contexto médico que as rodeia. É o conceito por detrás das três estórias deste Learning World.

Que tipo de educação pode usufruir uma criança que tem de viver num ambiente estéril? No Instituto Português de Oncologia do Porto, o foco não se centra exclusivamente na doença. O processo educativo assume, aqui, uma outra dimensão. Adaptados em torno dos intensos tratamentos médicos, os momentos de aprendizagem são contínuos. Uma professora encarrega-se das aulas de ensino primário; outra tem a responsabilidade do acompanhamento nos níveis mais avançados. Quando as crianças se encontram em isolamento, a professora desloca-se até aos quartos respetivos. Antes tem de passar por todo um ritual.

No Chile, existe a Fundação Carolina Labra Riquelme, uma organização não governamental que já contribuiu para a educação de cerca de 60 mil crianças hospitalizadas. O projeto nasceu em 1998 sob o princípio da Pedagogia Hospitalar. Esta fundação gere 13 hospitais no Chile e planeia abrir mais 3 no próximo ano. Ensinar crianças em sofrimento é uma experiência emocional intensa. Para quem assume a missão, um sorriso tem ainda mais valor.

Se já é difícil com adultos, como explicar a uma criança o que é, por exemplo, um choque anafilático? Em 2009, no Reino Unido, dois médicos criaram a coleção de banda desenhada Medikidz, protagonizada por cinco dinâmicos super-heróis que ajudam os mais novos a compreender os mecanismos das doenças. A coleção conta já com 60 livros, dedicados a temas como a asma, a epilepsia, a leucemia ou a sida. As estórias, escritas com a ajuda de médicos, foram traduzidas em 30 línguas e distribuídas em cerca de 50 países. Já foram vendidos 2,5 milhões de exemplares.

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