Europa anseia pelo futuro imediato da Alemanha

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É uma disputa interna que pode mexer com toda a Europa. Em particular, a zona Euro aguarda ansiosa, e preocupada, a resolução das eleições legislativas na maior economia do Velho Continente. Será a coligação dos Democratas Cristãos (CDU), dos Sociais Cristãos (CSU), com participação do Partido Democrático Liberal (FDP) e liderada por Angela Merkel, capaz de ser reeleita e assim dar continuidade às políticas que a ainda Chanceler da Alemanha tem vindo a seguir, nomeadamente no seio da União Europeia?

Estarão os alemães saturados de serem o pilar mais forte da austeridade que tem vindo a ser seguida e abertos a uma mudança de governo? Poderá o novo partido Alternativa para a Alemanha (AfD) fazer tremer a estratégia de campanha de Angela Merkel? E, com o crescimento de outros partidos pequenos, poderá o FDP perder os 5 por cento de votos necessários para se manter no Bundestag, o parlamento germânico, e com essa queda obrigar a CDU e a CSU a procurar uma nova aliança?

São muitas questões em aberto. A Europa está em suspenso e no The Network, com os três habituais especialistas convidados, procuramos responder a algumas destas questões pertinentes que estão sobre a mesa.

Para Stefan Gehrold, da Fundação Konrad Adenauer, que é próxima da coligação liderada por Merkel, o necessário é “aplicar os princípios de solidariedade” e se “tiver de haver um terceiro resgate daqui a uns anos” na Grécia, que o mesmo seja aplicado, tal como sugeriu o Ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble.

Josef Janning, do Conselho alemão para as Relações Externas, entende, por seu lado, que “Merkel foi dura” com países como a Grécia e não recuou nas suas políticas de austeridade. “O terceiro resgate de que se fala não é bem um resgate. Pelo menos, até agora Schäuble não falou de qualquer resgate. Ele falou, sim, de um novo pacote de assistência à Grécia, uma ajuda”, defende.

Por fim, Jo Leinen, membro do grupo Socialistas e Democratas no Parlamento Europeu, entende que “a política de austeridade aplicada foi unilateral, teve vistas curtas e foi demasiado dura”. “Não há dúvidas de que vamos precisar de um novo pacote de ajuda à Grécia”, alerta.

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