Vice-primeiro-ministro ucraniano diz que assinatura de acordo com UE é para breve

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A União Europeia (UE) parece disposta a abrir os cordões à bolsa e a dar uma mãozinha, junto do FMI, para convencer a Ucrânia a assinar o Acordo de Associação com a UE. O vice-primeiro-ministro ucraniano, Serhiy Arbuzov, que esteve em Bruxelas em busca de razões para se associar aos 28, parece satisfeito.

O comissário para o Alargamento, Štefan Füle, declarou: “O Acordo de Associação, que inclui um acordo de comércio livre, é a nossa oferta à Ucrânia e ao seu povo. Esta oferta continua em cima da mesa e a União Europeia poderá assiná-la assim que as autoridades ucranianas estejam prontas a fazê-lo.”

O roteiro para o Acordo está em preparação e irá detalhar os vários pontos do acordo. Para saber um pouco mais, a euronews entrevistou o vice-primeiro-ministro ucraniano, Serhiy Arbuzov.

Andrei Beketov, Euronews: “Qual é o resultado das conversações aqui em Bruxelas?”

Serhiy Arbuzov, vice-primeiro-ministro ucraniano: “Bom, o resultado principal é óbvio: não existem pausas nas negociações. As negociações estão a decorrer com êxito.”

Euronews: “O que pode dizer do roteiro para a implementação do Acordo de Associação?”

S.A.: “É uma espécie de documento de trabalho que estamos a criar. Vai moldar o progresso das negociações passo a passo. O roteiro vai mostrar os prazos, os horários e as ações específicas quando chegarmos à assinatura do acordo.”

Euronews: “Quando é que vai acontecer a assinatura?”

S.A.: “Penso que vai acontecer em breve.”

Euronews: “Sente que existe vontade política dos dois lados?”

S.A.: “Estamos aqui para confirmá-lo!”

Euronews: “Sempre vão participar no processo de integração euro-asiática que foi mencionado na quinta-feira pelo presidente da Rússia?”

S.A.: “O nosso objetivo estratégico é a integração europeia. Estou aqui para tornar isto claro e em termos concretos para todos.”

Euronews: “O comissário Štefan Füle convenceu-o que essa associação com a União Europeia significa ajudar a Ucrânia com tudo o que precisa, que o país vai beneficiar cada vez mais e mais?”

S.A.: “Não precisamos que nos convençam. Já antes tínhamos percebido as vantagens a médio e longo prazo que teremos com a assinatura do Acordo de Associação.”

Euronews: “A Ucrânia espera receber algum tipo de assistência financeira antes de assinar o Acordo?”

S.A.: “Não. Penso que no processo de definição do roteiro vai ficar claro quais as medidas que vamos tomar e com o que podemos contar na véspera da assinatura.”

Euronews: “Conta muito com o apoio da União Europeia nas conversações com o FMI sobre o empréstimo (ao país)?”

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S.A.: “Relativamente ao FMI, estamos em conversações sobre o valor e os prazos precisos. Para o memorando, estamos a discutir o valor de 15 mil milhões de euros. Mas as conversações continuam e o valor final ficará claro aquando da assinatura do dito memorando.”

Euronews: “Como encaram as condições impostas pelo FMI, como, por exemplo, o aumento considerável das tarifas da energia?”

S.A.: “É exatamente isso que estamos a discutir; o que queremos discutir. Estamos a aproximar posições relativas às políticas tarifária, orçamental e monetária.”

Euronews: “Com que estado de espírito regressa a Kiev?”

S.A.: “Estou muito satisfeito, O nosso diálogo é construtivo. É difícil, é franco, mas é um diálogo. Ou, pelo menos, esperamos que seja. Estou muito satisfeito com este encontro. Penso que, agora, ambas as partes veem para onde vamos e quais são os nossos objetivos.”

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