Intervenção europeia na República Centro Africana?

Intervenção europeia na República Centro Africana?
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Pierre, Paris:
“No início de dezembro, França avançou com a operação Sangaris, na República Centro Africana,mas conseguirá fazê-la sozinha? É possível realizar uma intervenção militar europeia, dentro deste quadro de política de defesa e segurança da União?

Arnaud Danjean, eurodeputado francês e presidente da sub-Comissão de Segurança e Defesa do Parlamento Europeu:
“Sobre o primeiro ponto, é necessário admitir que França nunca teve a ambição de realizar esta operação sozinha: têm o apoio das forças africanas que já estão no terreno e que acreditamos que vão continuar a chegar.
Por isso, França não está sozinha, está ao lado dos africanos e é nesse sentido que recebeu o mandato da ONU.

Não se trata por isso de uma operação solitária de França, mesmo que seja essa a imagem errada que passa. A questão que se deve colocar é: os efectivos franceses são suficientes, os efectivos internacionais, africanos, são igualmente suficientes? E em relação a isso há dúvidas. Porque garantir a segurança, impôr-se, desarmar numa situação já de si anárquica como a que se vive na República Centro Africana pode levar muito tempo, muito esforço e podemos duvidar que o contigente francês de 1600 soldados seja suficiente.

Em relação à segunda parte da questão, sobre o envolvimento europeu, também tenho de admitir algumas dúvidas.
Muitos países europeus não consideram esta situação como prioritária do ponto de vista estratégico, militar. Mesmo havendo riscos de crise humanitária, grande parte dos países europeus não pensa numa intervenção militar na República Centro Africana. Por isso dúvido que isso aconteça. Eventualmente podemos ter uma missão europeia ao nível da política de segurança e defesa comum. Mas é difícil perceber em que moldes funcionaria essa missão e quantas pessoas teria.

Mas tudo isto ainda é muito vago e duvido que uma contribuição europeia seja decisiva para a situação que se vive no país africano.

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