Ano Novo do Cavalo traz esperança de grandes resoluções mundiais

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A poucas horas da chegada do Ano do Cavalo – às 0h de sexta-feira em Macau, 16h desta quinta-feira em Portugal, também chamado Festival da Primavera, o mundo assiste a uma das mais importantes festas tradicionais chinesas. A celebração dura geralmente 15 dias, a partir do Dia de Ano Novo até o Festival das Lanternas, que é no 15º dia do primeiro mês do calendário lunar chinês.

Há muitas tradições e costumes associados ao Ano Novo Chinês. Famílias limpam completamente as casas, põem as coisas em ordem, e assim repelem qualquer má sorte, para abrir caminho para a boa fortuna. Janelas e portas são decorados com recortes de papel vermelho delicados e dísticos poéticos – pares de linhas de poesia que expressam a alegria das pessoas e a esperança pelo novo ano que se inicia.

Fogos de artifício, bombinhas, envelopes vermelhos, dança do leão, dança do dragão e lanternas com enigmas são outros costumes e tradições comumente observados no período do Ano Novo Chinês.

As famílias reúnem-se para um grande jantar e reunião familiar na véspera de Ano Novo. E são as visitas familiares que causarão um movimento migratório ocasional de exceção: prevêem-se cerca de 3,62 mil milhões de viagens e o Baidu, o maior motor de busca na internet chinesa, mapeou uma visualização da migração.
O período de viagem, este ano, será de 16 de janeiro até 24 de fevereiro, segundo o Shanghaiist.

De acordo com a Tech in Asia, os lugares de destino mais populares são Pequim e Chongqing. E centros urbanos como Guangxi e Hunan competem pelo terceiro lugar.

Pequim também é a cidade mais deixada pelos chineses que vão se reunir com suas famílias neste período.

A viagem entre Chengdu e Pequim – em ambos os sentidos – é a mais popular.

De acordo com o tradicional calendário lunar chinês, o primeiro dia do ano lunar chinês pode calhar entre o final de janeiro e meados de fevereiro. É também o festival mais importante para o povo chinês.

Segundo reza uma lenda, Buda marcou um encontro com todos os animais no dia de Ano Novo Chinês. Doze animais apareceram, e Buda atribuiu um ano a cada um deles, de acordo com a ordem de chegada. (Rato, Búfalo, Tigre, Coelho, Dragão, Serpente, Cavalo, Cabra, Galo, Macaco, Cão e Porco).
Segundo uma outra lenda, o calendário remonta a 2.600 a.C., quando o mítico Imperador Amarelo começou o primeiro ciclo do zodíaco chinês e nomeou um animal para representar cada ano no ciclo de 12 anos.

Os últimos anos do cavalo foram: 1918, 1930, 1942, 1954, 1966, 1978, 1990, 2002.

Tal como no horóscopo ocidental, a astrologia chinesa acredita que as pessoas nascidas no ano de cada animal possuem alguma personalidade característica desse signo. O Cavalo está associado ao elemento fogo, representa a felicidade, vivacidade e alegria. Segundo a astrologia chinesa, as pessoas que nascem no ano do Cavalo são leais e dignas de confiança. A perseverança e a honestidade são mais duas características principais que as caracterizam.

Ao longo da história da humanidade, o cavalo acompanhou diversas vezes o Homem nas suas mais arriscadas aventuras e batalhas. E os chineses sabem-no.
Como o cavalo é regido pelo elemento fogo, o ano será muito movimentado e até turbulento. Devido ao caráter impulsivo, o cavalo pode provocar desgastes políticos.
O fim da Primeira Guerra Mundial (1918), a Grande Depressão (1930), a Segunda Guerra Mundial (1942), a Revolução Cultural Chinesa de Mao Tsé-Tung (1966), a Guerra do Iraque e Afeganistão (2002) são alguns anos do Cavalo particularmente marcantes. Na perspectiva da astrologia chinesa, o Cavalo esteve presente em todos eles e prestou o seu contributo, com a sua coragem em cenários aterradores.
Dizem, no entanto, que a vivacidade, a disposição e a força do cavalo favorecerá o triunfo sobre possíveis adversidades.

Na teoria dos Cinco Elementos do horóscopo chinês (madeira, ar, fogo, água e metal), o cavalo está no grupo de Fogo, como o dragão. Mas, 2014 é o ano do cavalo de madeira – o último foi há 60 anos. A madeira ajuda o fogo propagar e a mantê-lo.

Apesar da disputa por causa das ilhas Sankaku, o governo japonês enviou uma carta de saudação de ano novo chinês para os chineses residentes no Japão, escrita pelo primeiro-ministro Shinzo Abe. Na carta, o primeiro-ministro pede que as relações bilaterais voltem ao ponto inicial de pareceria estratégica de benefício mútuo, que as questões individuais sejam controladas e não influenciem as relações globais. Diz ainda esperar que, neste ano do cavalo, os dois países possam vencer todas as dificuldades e progredir em conjunto.

Em resposta, o porta-voz da Chancelaria chinesa, Qin Gang, afirmou hoje que a China presta alta atenção às relações com o Japão e insiste sempre no desenvolvimento da parceria com base nos quatro documentos políticos entre dois países. Qin Gang disse esperar que a parte japonesa possa envidar esforços pragmáticos para melhorar as relações.

Apesar disso, os manuais dos professores do ensino secundário apresentarão a partir de agora como “parte integrante do território japonês” as ilhas Senkaku, no mar da China Oriental, administradas pelo Japão mas reivindicadas pela China com o nome de Diayou.
As relações entre Tóquio e Pequim são tensas em consequência das disputas a respeito do arquipélago desabitado.

Concluindo, este é um tempo de colheita, de renovação e de mudanças.
Apreciador de novidades, o cavalo de madeira promete trazer um ano cheio de descobertas e invenções. Espera-se que, também, de resoluções de conflitos como este.

O primeiro ministro português, Passos Coelho, parece ser desta opinião, e na carta de saudações, lembrou os 35 anos de relações diplomáticas entre Portugal e a China e a esperança de progressos e inovações nas relações bilaterais entre Portugal e a China.

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