Crimeia: entre o passado e o futuro

Crimeia: entre o passado e o futuro
Direitos de autor 
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
PUBLICIDADE

A Crimeia, antiga república soviética foi cedida à Ucrânia em 1954 no âmbito do 30º aniversário da unificação da Rússia com a Ucrânia.

A população, maioritariamente, russa nunca se conformou.

Após o colapso da antiga URSS, a Crimeia proclamou a independência passando, depois, a república autónoma da Ucrânia.

No poder estava na altura Leonid Kravchuk. A Euronews falou com o antigo presidente ucraniano sobre as consequências da nova declaração de independência.

Euronews:

Qual é a sua opinião sobre a situação na Crimeia? O que significa para a Ucrânia e para os ucranianos?

Leonid Kravchuk, antigo Presidente ucraniano:

Para nós não houve mudanças dramáticas. A Ucrânia vai continuar a viver como até agora. Ainda consideramos, como considerávamos, a Crimeia território ucraniano. No futuro, vamos ter problemas difíceis. Em primeiro lugar, o que vai acontecer com os soldados ucranianos? Qual será o diálogo com os cidadãos ucranianos na Crimeia? Como serão as relações económicas, políticas e diplomáticas? O mesmo se passa com as fronteiras. Teremos apenas uma fronteira administrativa mas não uma demarcação de Estado? E as telecomunicações ou voos? O problema não é se esta anexação é ilegal, ou o facto da Crimeia se juntar à Rússia, mas o que acontece agora?

Será que a economia da Rússia vai sofrer, de facto, se algumas pessoas forem sancionadas? Putin disse que a Rússia já tem alguns problemas e limitações, por isso, com ou sem sanções, a Rússia não vai ser afetada?

Euronews:

Putin disse que não quer prejudicar a dignidade da Ucrânia. Como se sente com isso?

Leonid Kravchuk:

Cabe à Ucrânia “pôr a casa em ordem”. Não se faz a paz pela força militar. É algo novo querer alcançar a paz através da guerra. Todas estas emoções e desrespeito, em relação à Ucrânia, estão a prejudicar toda a gente.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

As incógnitas sobre o desvio do Boieng 777

Pelo menos 13 mortos e 61 feridos em ataque russo à cidade ucraniana de Chernihiv

Aos 79 anos, Olga despede-se da sua casa destruída por um ataque aéreo russo