Kiri Te Kanawa: o aniversário sobe ao palco

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Uma ópera inteira a cantar para uma das suas maiores estrelas… Dame Kiri Te Kanawa comemora o 70º aniversário e atua no Covent Garden pela primeira vez, depois de 17 anos de ausência: “Sempre quis fazer isto aqui. Tive muita sorte por o Covent Garden me ter dado esta oportunidade. Estou mesmo muito feliz.”

A Soprano da Nova Zelândia estreou-se internacionalmente a cantar aqui, no papel da Condessa Almaviva em “As Bodas de Fígaro”, de Mozart, em 1971. A ópera cómica de Gaetano Donizetti “A Filha do Regimento”, está em cena. Quando estudava no Centro de Ópera de Londres, há mais de 40 anos, esta foi a primeira ópera que viu no Royal Box do Covent Garden: “Naquela época o Covent Garden era muito especial. Foi muito importante para mim, porque eu estava nas nuvens e parecia que estava à espera de cair e voltar a trabalhar para chegar ao topo. Foi um momento muito especial em 1967.”

O elenco nessa altura era lendário, adianta:
“Luciano Pavarotti e Joan Sutherland. Ela era um ídolo para mim, idolatrava-a. Não sabia nada sobre a Filha do Regimento e pensei: Meu Deus esta tenor cantava notas muito altas. Achei impressionante”.

Hoje Juan Diego Flórez segue os passos de Pavarotti. O tenor peruano falou com ele pouco antes da sua primeira aparição como “Tonio” no Covent Garden: “Estava nos bastidores antes da minha cena e disse-lhe: Maestro, vou cantar este papel e a última pessoa que o cantou foi você. Diga-me alguma coisa: Disse-me para não me preocupar, que ia correr tudo bem e disse que eu era um campeão.”

Na produção de Laurent Pelly, Kiri Te Kanawa aparece como a terrível La Duchesse de Crakentorp, normalmente um papel não cantado, mas nesta ocasião especial, canta uma pequena ária de Puccini: “Ela está sempre zangada porque as coisas não estão a correr como ela quer e acha que é superior a toda a gente e mais grandiosa e que toda a gente está num patamar inferior. É uma daquelas pessoas horríveis que nunca queremos conhecer.”

Para além de sua carreira em palco, Kiri Te Kanawa está de alma e coração no apoio aos jovens talentos: “Tive uma carreira surpreendente. Gostava que tivessem o mesmo. O mundo da ópera é diferente hoje em dia. O estudo é mais difícil. Quando estamos a orientar e a financiar estes jovens a recompensa é o seu sucesso. É tudo. Quero que estes jovens tenham sucesso”.

Bonus interview: Kiri Te Kanawa & Juan Diego Flórez

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