Lilian Thuram: "No Brasil, as pessoas têm razão (para protestar)"

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Nasceu em Point-à-Pitre, em Guadalupe, a 1 de janeiro de 1972. O primeiro nome no bilhete de identidade é Ruddy, mas foi como Lilian Thuram que se tornou uma estrela à escala mundial. Futebolista internacional francês, foi campeão do Mundo em 1998 e da Europa, dois anos depois, numa prova em que os gauleses, liderados por Zinedine Zidane, eliminaram nas meias-finais uma seleçao portuguesa comandada por Luís Figo.

Parte de uma seleção gloriosa que ficou conhecida também pela mensagem de integração étnica e cultural, por ser composta de forma equilibrada por jogadores negros, brancos e magrebinos – o que lhe valeu o epíteto de “Black-Blanc-Beur” (tr.: Negro-Branco-Magrebino) -, após pendurar as botas, Thuram dedicou-se à luta contra o racismo. Dá nome a uma fundação que promove a educação contra o racismo, já lançou dois livros, um deles "As Minhas Estrelas Negras", e continua empenhado em promover o combate à discriminação social, por exemplo, em África.

Futebol, política e racismo são os temas fortes da entrevista que esta figura incontornável do desporto francês concedeu à euronews, nesta edição de “Global Conversation”. O Mundial que se aproxima e os protestos que se fazem sentir nas Terras de Vera Cruz devido aos gastos volumosos na organização deste evento FIFA levaram Thuram a colocar-se, nesta entrevista, ao lado do povo brasileiro que reclama a falta de investimento nas infraestruturas sociais do país em detrimento do Mundial. “Não é o futebol que está em causa, são as escolhas políticas”, defende o agora ativista, de 42 anos, que se mantém como um crítico do ex-presidente francês Nikolas Sarkozy, devido a posições que entende como racistas, e muito atento às posições assumidas por François Hollande.

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