Uma pequena empresa, um grande futuro

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De  Euronews
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Em que medida podem as PME ser o elemento-chave na retoma económica? Quais são as ferramentas de que dispõem para reforçar a sua competitividade? Foram as perguntas que dominaram a terceira assembleia PME, realizada em Nápoles. Os números que ilustram estas questões são os seguintes: 99% das empresas europeias são PME; elas empregam dois em cada três europeus; representam ainda dois terços do valor acrescentado que a Europa produz anualmente.

A crise não se dissipa numa União Europeia que conta 26 milhões de desempregados. As estimativas dizem que, ao longo de 2014, as PME irão criar 740 mil postos de trabalho. Uma tendência positiva, mas longe de compensar os 9 milhões de empregos perdidos desde 2008. Joanna Drake, da Comissão Europeia, afirma que “não podemos tomar as coisas como garantidas, não podemos assumir que vão continuar a aparecer mais PME. O que é que podemos fazer? Temos de passar uma forte mensagem de apoio à criação e desenvolvimento das start-up.”

O projeto europeu da união bancária está para breve. Os tratados de livre comércio que os Estados Unidos e o Japão estão a negociar podem impulsionar o empreendedorismo. A União Europeia implementou um programa de incentivo às PME chamado Cosme, que prevê mais de 2 mil milhões de euros para facilitar o acesso ao financiamento. Ferdinando Nelli Feroci, comissário europeu para a Indústria e Empreendedorismo, salienta que “não há uma varinha mágica. Ninguém faz milagres. Mas vamos aplicar uma série de medidas sistémicas, assim como programas específicos, que vão permitir, por exemplo, que as pequenas e médias empresas tenham garantias de obtenção de empréstimos junto das instituições bancárias.”

Em 2013, só um terço dos empresários conseguiu o financiamento necessário. A estratégia deve passar também pela destreza em sair dos circuitos habituais. Segundo Benjamin Suchar, diretor executivo da Yoopies, “é fácil investir numa empresa que já tem 2 ou 3 milhões de volume de negócios. Apostar num jovem empresário é muito mais duro, até porque corre-se o risco de perder tudo. Há uma fase de financiamento de capital-semente que é essencial. É esse ecossistema que a Europa deve cultivar para amanhã ver nascer um Facebook ou um Airbnb.”

A internacionalização é outro grande desafio. Até 2030, 60% do crescimento mundial provirá das economias emergentes. Federica Guidi, a ministra italiana para o Desenvolvimento Económico, aponta que “temos de ter em conta que a Europa deve ser considerada como um mercado interno e que o resto do mundo é que deve ser visto como o potencial mercado, mesmo para as empresas mais pequenas.”

O encontro de Nápoles distinguiu vários empreendedores com os Prémios Europeus de Promoção Empresarial, que reconhecem a criatividade e a ousadia na implementação de projetos.

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