Prémios WISE distinguem desafios educativos do Peru à Finlândia

Prémios WISE distinguem desafios educativos do Peru à Finlândia
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Originais, apelativos, desafiantes… assim são os projetos distinguidos nos Prémios WISE, que destacam a inovação na educação. Nesta edição olhamos para três das seis iniciativas que foram distinguidas este ano nos Prémios WISE, que destacam a inovação na educação.

Muitas crianças trabalham no campo, por exemplo, para ajudar à sobrevivência das suas famílias. No Peru, existe um currículo educativo especial para estes casos, no sentido de criar condições para que os mais novos possam continuar na escola.

A taxa de pobreza nas zonas rurais do Peru ultrapassa os 50%. Não é difícil encontrar crianças que ajudem os pais no sustento da casa. Vários progenitores não olham para a escola como uma ferramenta realista neste contexto, até porque muitas vezes é preciso percorrer longas distâncias para lá chegar. O abandono escolar é mais do que frequente. As escolhas que estas crianças terão no futuro tornam-se limitadas. A fundação espanhola CODESPA criou uma parceria com o grupo peruano ProRural para instalar centros de aprendizagem nestas comunidades, de forma a adaptar as pretensões do governo para o setor da Educação a uma realidade muito ancorada no trabalho físico. A escola Occopata, em Cuzco, é um dos exemplos. Logo a partir do primeiro ano, os estudantes aprendem a estruturar um projeto agrícola. Tudo começa com uma simples ideia que vai ganhando forma ao longo do caminho educativo. O objetivo é chegar ao fim com um plano de negócios viável que possa beneficiar não só o aluno, mas também a sua comunidade.

Há muitas vozes que denunciam o desfasamento dos currículos escolares em relação à realidade prática. Mas na Finlândia foi encontrada uma forma de colmatar esta questão.

Para além da estabilidade e do espírito empreendedor, a Finlândia tornou reconhecido o seu sistema educativo, que recolhe louvores do mundo inteiro. Os finlandeses colocaram a educação no coração dos desígnios nacionais. Que o digam os criadores de um projeto que integra alunos do sexto ano. A iniciativa Eu & A Minha Cidade começou pela construção de uma réplica de uma pequena localidade com empresas e serviços. É aí que as crianças experimentam conceitos económicos e sociais que os adultos utilizam no dia a dia. Antes da visita à mini-cidade, os alunos têm aulas teóricas sobre economia e o funcionamento dos serviços públicos. Depois têm a oportunidade de trabalhar, por um dia, no museu local ou na empresa de abastecimento de eletricidade.

Para os pais que têm o hábito de ler estórias aos seus filhos, é ainda mais relevante o próximo projeto que consiste precisamente em despertar nas crianças o prazer da leitura. Um conto que nos chega da Jordânia.

Estamos em Amã, a capital jordana. Um grupo de crianças faz o seu caminho rumo a uma sessão de leitura em casa de Nabila. Uma peregrinação que acontece uma vez por semana. Nabila nunca imaginou que um dia teria um público fiel, até porque era quase iletrada. Mas depois recebeu a formação do projeto "Adoramos Ler". E tudo mudou. A maior parte destas crianças não sabia ler, nem escrever. Muitos tinham deixado a escola. Mas os livros de Nabila motivam-nos a regressar. A “Adoramos Ler” abriu cerca de 300 bibliotecas só na Jordânia, seja em escolas, em centros comunitários ou em mesquitas. Em Karaq, Sarah conduz as sessões de leitura. O seu trabalho também se destina a criar novas oportunidades para as mulheres.

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