É tudo uma questão de cabeça

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É uma questão que não é consensual: pode o estudo do funcionamento do cérebro ajudar a criar métodos inovadores de aprendizagem? Neste episódio falamos sobre o papel das neurociências na educação e ouvimos alguns especialistas.

Como é que se resolve um problema matemático? Ou como é que se aprende uma nova língua? Porque é tão difícil, por vezes, reproduzir sons de idiomas estrangeiros? Fomos até aos Estados Unidos acompanhar as experiências de investigadores em neurologia. A inovação sempre foi uma prioridade para a prestigiada Universidade Columbia, de Nova Iorque. A equipa de Karen Froud estuda a atividade cerebral para responder a questões como: os sotaques estrangeiros, por exemplo, denunciam uma dificuldade de aprendizagem do falante ou de quem o ouve? A ideia é comparar o comportamento cerebral perante sons entre pessoas de línguas diferentes.

Se todos passamos por momentos em que é difícil manter a concentração, há casos em que é um desafio diário. Vamos falar da Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção e do que os neurocientistas estão a fazer para ajudar. Uma reportagem do Canadá. Roseline tem 10 anos; o irmão Gabriel tem 14. Ambos sofrem de problemas de défice de atenção. Para as crianças que vivem com esta condição neurológica, o simples ato de ir à escola pode ser um pesadelo, porque implica precisamente um esforço de concentração. E esse é o desafio constante que enfrentam. Uma das respostas passa pela definição de estratégias. Os progenitores não estão sozinhos: há especialistas em neuropsicologia que podem dar uma ajuda muito valiosa. Os avanços das neurociências estão a gerar mais possibilidades. Há agora jogos educativos, como o CerebroGym, que ajudam a controlar a impulsividade.

Os laços entre a educação e as neurociências – tema para um amplo debate. Vamos apresentar perspetivas dos dois lados do Atlântico: Dorothy Bishop, professora em Oxford, e Judy Willis, autora e neurologista americana. Segundo Bishop, “há um grande movimento que está a tentar integrar as neurociências na educação. Mas tenho dúvidas de que haja um campo de aplicação por agora. É muito cedo para implementar as neurociências nas salas de aulas. Estamos a fazer muitas descobertas sobre o desenvolvimento dos cérebros das crianças. É-me difícil compreender como é que se pode passar já à prática educativa.” Para Judy Willis, “as neurociências já estão a ajudar a poupar milhares de milhões de dólares na área da Educação. As pessoas costumavam acreditar em mitos até estes serem investigados pelas neurociências. Gastava-se dinheiro em exercícios para o lado direito do cérebro, o lado esquerdo. Mas a neuroimagiologia ajudou a esclarecer as coisas e a poupar dinheiro na educação. Através dela é possível assistir diretamente ao que acontece no cérebro, o que nos permite testar as teorias.”

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