NATO denuncia militarização russa do leste da Ucrânia

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De  Euronews
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A Rússia enviou esta quarta-feira 14 caças militares para a sua nova base na Crimeia, depois da contestada anexação do território em Março.

Um gesto que aumenta as preocupações da NATO, que denunciou o que considera ser a “militarização” do território, assim como das regiões separatistas do leste da Ucrânia.

Uma ameaça para os países da região do mar negro, segundo o chefe militar da Aliança Atlântica, o general americano Philip Breedlove, de visita à capital ucraniana.

“Não vemos que esta mobilização incula tropas de combate, mas vemos a forma como os militares russos no terreno estão a fornecer apoio e treino às forças separatistas no leste da Ucrânia”.

Breedlove afirmou ainda que a Rússia estaria a instalar mísseis de cruzeiro e mísseis anti-aéreos na Crimeia, evocando mesmo a possibilidade da mobilização de armas nucleares russas para a região.

As acusações da NATO surgem no mesmo dia em que Kiev afirma que duas novas colunas militares russas teriam atravessado a fronteira nas últimas horas nos arredores da cidade de Lugansk. Uma informação desmentida por Moscovo.

Mas os EUA assim como os seus parceiros ocidentais mantém a renitência em enviar equipamento militar letal para o país, como sublinhou o responsável da NATO, ainda que de forma vaga.

“Os Estados Unidos mantém o compromisso de fornecer apoio financeiro, equipamento e aconselhamento às forças de segurança ucranianas para que respondam de forma eficaz aos ataques diários das forças russas e das forças apoiadas pela Rússia no leste do país”, afirmou Breedlove.

Um clima de guerra fria, desmentido quer pela NATO, quer pela Rússia, quando a Aliança Atlântica prossegue a mobilização de tropas e os exercícios militares em países do leste da Europa.

Moscovo, por seu lado, afirma ter instalado quatro plataformas do seu sistema anti-míssil nos arredores da capital nos últimos dias, quando anunciou a criação de uma base similar na Crimeia. Em paralelo, o governo russo anunciou ter desbloqueado mais de 1,75 mil milhões de euros para reforçar a sua frota militar no mar Negro.

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