Começaram em Lima, no Perú, as negociações sobre o clima, sob a égide das Nações Unidas.
Duas semanas determinantes para um possível acordo multilateral de luta contra o aquecimento global , que se espera venha a ser conseguido, em 2015, em Paris.
O ministro peruano do Ambiente, Manuel Pulgar-Vidal, lembrou às delegações participantes que o tempo está a esgotar-se e que é preciso agir:
“Nunca esteve tão claro que a janela de oportunidade para reduzir as emissões vai encerrar rapidamente. Nunca se viu com tanta nitidez as múltiplas oportunidades de benefícios económicos e ambientales que apresenta a mitigação e a adaptação acelerada”.
A necessidade de agir é praticamente consensual, face à constatação de um ano de 2014 que se arrisca a ficar na história como o mais quente de que o Homem tem memória.
As consequências são mais fortes para uns do que para outros, como lembra o presidente da Associação Interétnica para o Desenvolvimento da Amazónia peruana, Alberto Pizango:
“As populações indígenas estão na primeira linha e pagam o preço mais alto sem terem cometido este delito que é a mudança climática”.
A comunidade internacional tem como objetivo a limitação do aquecimento a dois graus centígrados relativamente às temperaturas da era pré-industrial.
Ao ritmo atual, a temperatura média do planeta aumentará quatro graus até ao final do século.