Malala e Kailash: unidos pelo Nobel e pelos direitos das crianças

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Malala Yousafzai, paquistanesa e Kailash Satayrathi, indiano estão unidos pelo Prémio Nobel da Paz e pela defesa dos direitos das crianças. Ela luta

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Malala Yousafzai, paquistanesa e Kailash Satayrathi, indiano estão unidos pelo Prémio Nobel da Paz e pela defesa dos direitos das crianças.
Ela luta pelo direito de todas à educação, nomeadamente do sexo feminino; ele bate-se pela abolição do trabalho infantil.

Malala Yousafzai é a mais jovem laureada de um Prémio Nobel. Com 11 anos já tinha um blog contra a campanha dos talibãs paquistaneses que negam o direito feminino à educação. Tornou-se um alvo a abater.

No dia 12 de outubro, intercetaram a viatura de transporte escolar no vale de Swat, sua terra natal, e disparam uma bala contra a cabeça da adolescente, por “atentar contra o Islão”.
Gravemente ferida, foi transferida para um Hospital de Birminghan, no Reino Unido, onde vive atualmente.

Malala Malala Fund tornou-se um ícone, nomeadamente na Ásia do Sul, onde 17,5 milhões de meninas, entre os 5 e os 13 anos de idade, não são escolarizadas.

Malala Yusafzai : “- A minha mensagem para o mundo é que o tema deve ser levado muito a sério e não devemos manter o silêncio, porque estas crianças precisam de ajuda. Se as esquecemos e se pensarmos que estão muito longe e não nos afeta, isso não é verdade. Se não pararmos a guerra, ela espalha-se. Se não acabarmos com o terrorismo, ele espalha-se e afetará todas as pessoas do mundo.”

Kailash Satyarthi, com 60 anos, tem uma longa história no combate contra a escravatura das crianças indianas nas fábricas do seu país. Pede à ONU para inscrever esta realidade na sua agendam, e fazer dela prioritária.:

“- Temos visto este tráfico a aumentar em diferentes países. A procura de mão-de-obra dócil e barata, em vários setores, também está em crescimento. Por essa razão, como parte integrante da comunidade contra a escravatura, contra o trabalho infantil, que a abolição deste abuso infantil seja uma prioridade”.

Em 1980, Kailash Satyarthi renunciou à profissão de engenheiro para lutar contra a exploração económica das crianças. Em 30 anos, a sua associação, BBA – Movimento de Salvação Infantil, Bachpan Bachao Andolan (BBA) association libertou 80 mil crianças do trabalho escravo, na Índia.
Durante séculos, as crianças não tiveram voz nem rosto; o Prémio Nobel, enfim, reconheceu-as, disse.

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