Relatório do senado acusa CIA de "brutalidade, falta de eficácia e omissão"

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O relatório da comissão senatorial norte-americana sobre as práticas de tortura nos interrogatórios da CIA depois dos atentados do 11 de setembro é

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O relatório da comissão senatorial norte-americana sobre as práticas de tortura nos interrogatórios da CIA depois dos atentados do 11 de setembro é devastador para a secreta dos Estados Unidos.

Diz o estudo que os interrogatórios foram muito mais brutais do que se pensava, não produziam resultados e as informações transmitidas aos decisores políticos eram incorretas ou falsas.

“A história vai julgar-nos em relação ao nosso compromisso com uma sociedade justa governada pela lei e a vontade de enfrentar uma verdade feia e dizer ‘nunca mais’. A instabilidade que vemos hoje não vai ser resolvida em meses ou anos, mas este relatório é muito importante para ser arquivado por tempo indeterminado”, afirma a presidente da comissão, Diana Feinstein.

Simulação de afogamento, privação de sono, situações de ‘stress’ foram algumas das técnicas da CIA que, de acordo com o relatório, não produziam resultados concretos.

A investigação que durou sete anos e recorreu a 6 milhões de documentos e testemunhas, revela ainda que a CIA apagou gravações de interrogatórios de suspeitos para que o Congresso nunca pudesse ter acesso às provas de tortura.

O correspondente da Euronews em Washington, Stefan Grobe, diz que “aparentemente, o Presidente Bush foi informado pela primeira vez sobre os detalhes dos interrogatórios em 2006. No último fim de semana, ele defendeu o programa e assumiu responsabilidade. Hoje talvez queria pensar de outra maneira.”

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