A Dinamarca reivindica a soberania de um vasto território no oceano à volta do Pólo Norte. O argumento do estado dinamarquês é que a placa
A Dinamarca reivindica a soberania de um vasto território no oceano à volta do Pólo Norte.
O argumento do estado dinamarquês é que a placa continental do norte da Gronelândia está ligada a este território.
O país apresenta o dossiê à comissão das Nações Unidas com base em dados recolhidos desde 2012.
O ministro dinamarquês dos Negócios Estrangeiros, Martin Lidegaard, refere:
“Não temos como não avançar com o que nos dizem os dados técnicos e científicos e não estou preocupado que isto possa ser visto como um ato de agressão por qualquer estado”.
No fundo o que Copenhaga reclama é um território de 895 mil quilómetros para além das fronteiras marítimas atuais da Gronelândia.
O ex-chefe da diplomacia dinamarquesa, Stig Moller está menos confiante:
“Os russos vão reclamar, os canadianos vão reclamar e o assunto vai ser investigado, o que vai levar muitos anos. A questão é que as áreas que os países estão a reivindicar se sobrepõem e vai ser preciso negociar bilateralmente para chegar a acordo”.
O conflito é bem real. A área reclamada pela Dinamarca abarca uma zona já reivindicada pela Noruega.
E todos os países fronteiriços do Ártico – Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, Noruega e Rússia – têm ambições sobre o território e as respetivas reservas energéticas.