Cuba/EUA : A troca de espiões que abriu a via à normalização das relações

Cuba/EUA : A troca de espiões que abriu a via à normalização das relações
De  Dulce Dias
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A libertação dos três cubanos foi a resposta norte-americana ao gesto de Havana, que libertara, poucas horas antes, Alan Gross

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Foram recebidos como verdadeiros heróis, em Havana, os três cubanos libertados esta quarta-feira, e que estavam presos desde 1998 nos Estados Unidos, condenados por espionagem.

Os três homens – Gerardo Hernández, Ramón Labañino e Antonio Guerrero – foram recebidos pelo presidente Raúl Castro e pelas respetivas famílias.

Pertenciam ao chamado grupo dos “Cinco”, detidos quando o FBI desmantelou a rede de espionagem cubana “Vespa”, que operava no sul da Florida.

As autoridades cubanas sempre reconheceram que os homens eram espiões mas, segundo a Havana, tinham infiltrado os meios castristas, na Florida, para prevenir ataques terroristas contra o regime de Fidel Castro.

A libertação dos três cubanos foi a resposta norte-americana ao gesto de Havana, que libertara, poucas horas antes, Alan Gross. Visto como um espião norte-americano por Havana, o trabalhador humanitário estava preso, em Cuba, há 5 anos, condenado por ter distribuído, na ilha, material ilegal de comunicação por satélite.

Alan Gross falou aos ‘media’, poucas tempo depois do anúncio de Barack Obama, sobre o restabelecimento das relações diplomáticas com Cuba: “Cinco décadas e meia de história mostram-nos que a beligerância inibe um bom julgamento. Dois erros nunca fazem um acerto. Espero sinceramente que agora possamos ir além dessas políticas mutuamente beligerantes. Fiquei muito feliz de ouvir o que o presidente tinha a dizer hoje.”

O anúncio de Obama e a troca de prisioneiros culminam 18 meses de negociações secretas, e reuniões no Canadá, que contaram com o envolvimento do próprio Papa.

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