Putin responde a questões de jornalistas sobre Ucrânia, NATO e economia russa

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Com sala cheia e suspense no ar, Vladimir Putin realizou a tradicional conferência de imprensa anual num contexto mais tenso do que o costume.

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Com sala cheia e suspense no ar, Vladimir Putin realizou a tradicional conferência de imprensa anual num contexto mais tenso do que o costume.

A complexa situação económica, com a queda do rublo, o conflito na Ucrânia e as sanções internacionais dominaram o menu das questões dos jornalistas, mas o presidente russo não deixou de fora as críticas aos parceiros ocidentais: “Não nos disseram que depois da queda do Muro de Berlim cessaria a expansão da NATO para leste? Ainda assim começou a fazer-se logo depois disso. Não é um muro? É verdade que não escavaram trincheiras, mas este é um muro virtual e eles começaram a criá-lo. E em relação ao sistema de defesa anti-míssil perto das fronteiras russas? Não é um Muro também? É preciso perceber que o Ocidente não parou. Este é o problema mais importante nas relações internacionais atualmente. Os nossos parceiros não pararam. Decidiram que são os vencedores, que são o novo Império, e que o resto são vassalos que têm de ser empurrados para o chão.”

Mudando de rota, mas sem poupar igualmente palavras, o chefe de Estado russo falou numa “operação punitiva” lançada por Kiev contra os rebeldes pró-russos no leste da Ucrânia.

“No leste da Ucrânia assistimos a uma verdadeira operação punitiva que está a ser conduzida pelas autoridades de Kiev atuais. Julgo que é uma abordagem totalmente contraprodutiva e nociva para a soberania da Ucrânia e o destino dos ucranianos. Espero que consigamos gerir as coisas na base do diálogo. Estamos preparados para servir de mediadores no processo, para dar início ao verdadeiro diálogo político e alcançar consenso para reconstruir a unidade política da Ucrânia”, sublinhou Putin.

Em matéria de economia, o presidente russo mostrou-se otimista. Ressalvou que a recuperação da Rússia é “inevitável” e que no pior dos cenários serão precisos dois anos para superar o mau momento: “O regresso aos números positivos com crescimento subsequente é inevitável. Existem pelo menos duas razões para tal. Primeiro, o crescimento da economia global continuará, mesmo se a taxa não for alta. A economia global vai crescer e a nossa economia deixará estes problemas. Quanto tempo será preciso? No pior cenário, julgo que cerca de dois anos. Repito que depois disso o crescimento é inevitável, mas durante esses dois anos não tenho qualquer dúvida de que conseguiremos fazer muito para diversificar a nossa economia.”

Uma economia em que o petróleo é responsável por mais de 40% das receitas orçamentais do Estado.

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