2014, um ano marcado por guerras e tragédias

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O ano de 2014 chega ao fim com a consternação gerada pelo ataque dos talibã paquistaneses a uma escola de Peshawar e a consequente morte de dezenas

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O ano de 2014 chega ao fim com a consternação gerada pelo ataque dos talibã paquistaneses a uma escola de Peshawar e a consequente morte de dezenas de crianças. Foi um ano muitas vezes marcado por acontecimentos trágicos, pela guerra, e com poucos episódios que gerem contentamento.

Durante todo este período jornalistas, técnicos e repórteres da Euronews narraram, filmaram e analisaram os acontecimentos. Convidamo-lo agora a recordar alguns deles.

Começamos com a Ucrânia. Um país há muito tempo dividido entre o oeste e o leste. Duas aspirações, dois sonhos diferentes e depois uma decisão do presidente que desperta a chama da revolução. A crise que degenerou em guerra civil às portas da Europa mantém-se ativa.

Maidan em chamas

A Praça de Independência em chamas foi a imagem que, em fevereiro de 2014, marcou a viragem dos acontecimentos, na Ucrânia, que se seguiram à rejeição do acordo de associação com a União Europeia, em novembro de 2013. O presidente dera ordem de evacuação da Praça Maidan e o caos instalou-se.

Os confrontos entre os apoiantes de Ianukovich e a oposição pró-europeia terminou com 82 mortos.

Ianukovich teimava em ficar: “- Eu não vou deixar a Ucrânia, não vou a lugar nenhum. Não vou demitir-me. Sou o presidente legítimamente eleito”.

Mas no dia seguinte, 23 de fevereiro, deixou Kiev de helicóptero.

Foi o fim da sua presidência. O parlamento votou a destituição e a libertação da líder que foi uma das imagens da Revolução Laranja e que caíra em desgraça. Depois de dois anos e meio de prisão, Iulia Timochenko chegou à Praça da Independência em cadeira de rodas, no dia 22 de fevereiro, num dos momentos fortes da revolução. Mas a situação degradou-se rapidamente.

O país estava dividido entre a aliança com a Rússia, a leste, e com a Europa.

A Rada proibiu a língua russa em 13 regiões do país e, mesmo se adiou a medida depois, incendiou os ânimos a leste. No dia 3 de março, centenas de manifestantes pró-russos assaltaram e ocuparam os edifícios governamentais em várias cidades da região de Donbas.

A Crimeia, que sempre se sentiu mais próxima de Moscovo, foi anexada pela Rússia, com um referendo no dia 16 de março, que a comunidade internacional não reconheceu.

De facto, a Rússia ocupou o território, sem qualquer resistência. Dois dias depois, Putin visitou o enclave e foi recebido pelos novos dirigentes locais, que assinam o tratado de integração. Foi a primeira vez que a Europa mudou de fronteiras desde a guerra dos Balcãs.

Desde então, leste e oeste, estão em guerra civil. Os separatistas, apoiados pelas forças russas, combatem contra as forças leais a Kiev.
Desde abril, tentaram fazer-se vários acordos de paz, mas o cessar-fogo foi sempre violado. A guerra fez mais de 4000 mortos – entre os quais, muitos civis.

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