A conferência de imprensa de Vladimir Putin desta quinta-feira, em que assumiu as dificuldades e a crise por que passa a Rússia devido às pesadas
A conferência de imprensa de Vladimir Putin desta quinta-feira, em que assumiu as dificuldades e a crise por que passa a Rússia devido às pesadas sanções económicas do Ocidente, foi seguida com muita atenção pelos grupos separatistas no leste da Ucrânia, os quais, por conseguinte, estão na base da pressão colocada sobre o Kremlin.
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Em Donetsk, por exemplo, apesar da crise assumida por Putin, os militares pró-russos que ali mantém uma resistência armada face ao exército ucraniano, pedem ajuda para manter a posição. “Esperamos receber alguma ajuda por parte da Rússia. Precisamos mesmo que eles nos ajudem. Estamos a tentar aguentar, mas não conseguimos sobreviver sozinhos”, afirmou um rebelde armado identificado pelo nome de guerra “Azot.”
Em Moscovo, claro, as palavras do presidente foram seguidas igualmente com atenção. Vasily Shapurma tem 60 anos, já está reformado e não se mostra preocupado. Aliás, ele até está otimista. “A crise não me vai afetar, enquanto pensionista. Penso que o país vai voltar a erguer-se em breve e tudo vai ser melhor. Estou, aliás, certo disso”, atirou.
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Nem todos os russos, porém, pensam como Vasily Shapurma. As vozes críticas começam a perder o medo de falar. Nas ruas de Moscovo, dois compatriotas de Vladimir Putin falaram-nos de retrocesso e na necessidade de mudança rumo à modernidade.
“Há um sentimento de que voltámos aos [tempos difíceis dos] anos 90 e, tal como então, que tudo voltará a estar bem, outra vez, daqui a dez anos”, disse, de forma irónica, a moscovita Tatiana.
Mais sério, Andrei, outro residente na capital, e da opinião que os atuais líderes da Rússia “não vão conseguir dar a volta a isto”. “Os jovens estão crescer e um novo líder precisa-se. Depois, sim, tudo voltará ao normal. Os atuais governantes estão a ficar velhos e já não conseguem pensar de uma forma moderna. Estão a ficar ultrapassados”, acusou.
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— The Moscow Times (@MoscowTimes) 18 dezembro 2014
Vladimir Putin assumiu que a Rússia está em crise e em dificuldades. Mas garantiu: no pior cenário, esta crise estará resolvida em dois anos. A questão, contudo, é saber se os russos partilham desta esperança e, mesmo que sim, se irão ter paciência para esperar.
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— President of Russia (@KremlinRussia_E) 18 dezembro 2014