Governo paquistanês anuncia execuções de condenados à morte nas próximas semanas.
No Paquistão vive-se ainda o rescaldo do ataque das forças Talibã contra uma escola na semana passada e que resultou em mais de 141 mortos, 132 dos quais crianças e jovens.
No domingo, as vítimas do ataque foram relembradas no decurso de uma vigília religiosa realizada na Catedral de Santa Maria em Lahore. O gesto foi repetido em outras congregações cristãs espalhadas pelo país.
O governo contudo já lançou o alerta. O ministro do Interior afirma que os extremistas já estariam a preparar um novo ataque.
“Depois deste incidente e das penas de morte que foram cumpridas, para além das operações militares que estão em curso na região, estamos a receber informações que sugerem que os extremistas estariam a preparar um novo ataque. Todos nós precisamos de estar alerta”, disse o ministro paquistanês do Interior, Chaudhry Nisar Ali Khan durante um encontro público.
No desenvolvimento mais recente, o governo afirmou esta segunda-feira que vai executar pelo menos 500 condenados à morte nas próximas semanas. O anúncio coloca um ponto final na suspensão da pena de morte em vigor desde 2008.
O primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, havia prometido negociar a paz com as forças Talibã mas o atentado da semana passada colocou um ponto final nos esforços. O governo reagiu lançando uma ofensiva contra bases de extremistas ao longo da fronteira com o Afeganistão.