Um país no coração da velha Europa governado por um presidente muçulmano dentro de sete anos é a ficção do escritor francês Michel Houellebecq, um
Um país no coração da velha Europa governado por um presidente muçulmano dentro de sete anos é a ficção do escritor francês Michel Houellebecq, um dos mais traduzidos autores contemporâneos.
O livro é lançado hoje, chama-se “Submissão” e a narrativa passa-se em França cujo futuro político está, no romance, polarizado entre a extrema-direita e um partido muçulmano.
A polémica parece instalada no país em que os nacionalistas ganham terreno denunciando, entre outros, o problema da islamização da França.
Um presente de Natal para Marine Le Pen?
Michel Houellebecq: “Ela não precisa disto. As coisas estão a correr-lhe muito bem. Não creio que isto mude alguma coisa ao seu destino. Não conheço um único exemplo de um romance que tenha mudado o curso da História … isso é outra coisa, são os ensaios, o Manifesto Comunista, coisas desse tipo mudam o curso da história. Os romances não.”
O autor tem sido acusado de ser xenófobo, racista e provocador – em 2001 disse numa entrevista que “o Islão é a mais estúpida das religiões”, sendo processado por incitação ao ódio racial, mas acabou absolvido.