Charlie Hebdo: a controvérsia continua

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O Charlie Hebdo está de volta às bancas uma semana depois do ataque à redação do semanário satírico francês. Apesar das dificuldades técnicas e

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O Charlie Hebdo está de volta às bancas uma semana depois do ataque à redação do semanário satírico francês. Apesar das dificuldades técnicas e humanas, a equipa decidiu avançar com a publicação do jornal. Em França, os exemplares do Charlie Hebdo esgotaram às primeiras horas da manhã.

O semanário que no espaço de uma semana perdeu jornalistas, cartonistas e colaboradores de renome continua a gerar controvérsia. Desde logo, por trazer à primeira página a caricatura profeta Maomé.

A maioria dos países do Medio Oriente criticou a escolha do jornal. A Autoridade islâmica egípcia fala de “uma provocação” que incita ao ódio. As criticas chegam, também, da Jordânia e de Marrocos. Alguns analistas muçulmanos consideram, no entanto, que a mais recente caricatura do profeta não é ofensiva.

De uma forma geral, a comunicação social espanhola aplaude a publicação da edição especial do Charlie Hebdo, um semanário encarado como símbolo da liberdade de expressão. “El País” diz estar “Com Charlie Hebdo”. Os caricaturistas de países como o Equador aproveitaram a ocasião para criticar a censura imposta pelo governo de Rafael Correa.

O diário belga Le Soir publicou duas páginas com caricaturas do semanário e lembrou que o que está em causa não é o conteúdo do jornal satírico francês, mas a defesa de um princípio.

O Charlie Hebdo abriu a maioria dos jornais britânicos, mas a capa só foi reproduzida na íntegra no The Independent e no The Guardian. Este último alertou, no entanto, os leitores para a possibilidade de o “conteúdo ferir suscetibilidades.”

Já o Irão condenou a decisão do Charlie Hebdo de trazer à primeira página a caricatura do profeta Maomé e fala de uma provocação. De acordo com uma porta-voz do ministro dos Negócios Estrangeiros nem tudo justifica o direito à liberdade de expressão.

As equipas de distribuição do jornal turco Cumhuriyet foram surpreendidas pela polícia, esta manhã. Uma ação motivada por rumores que o jornal se preparava para reproduzir a caricatura do profeta Maomé. Uma situação que não se verificou.

A edição especial do Charlie Hebdo chega a Portugal esta sexta-feira. A distribuidora, MLP Messageries Lyonnaises de Presse diz ter enviado 500 exemplares para Portugal. Um número que segundo os vendedores não vai permitir dar resposta aos pedidos.

A polémica passou ao lado da imprensa russa. Na semana passada, Moscovo condenou os ataques terroristas em Paris, sublinhando, ao mesmo tempo que os caricaturistas foram longe demais.

As redes sociais ucranianas comparam o ataque ao semanário satírico francês, em Paris, ao que ocorreu esta terça-feira, no leste da Ucrânia, contra um autocarro de passageiros. As pessoas são nos dois casos pode ler-se “vítimas do terrorismo”

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