Charlie Hebdo bate recorde de vendas

Charlie Hebdo bate recorde de vendas
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De  Euronews com Libération, Charlie Hebdo, AFP
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Há diferentes grupos de pessoas muito pacientes que conseguiram o ambicionado exemplar do Charlie Hebdo, logo à primeira tiragem. Porque muitos

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Há diferentes grupos de pessoas muito pacientes que conseguiram o ambicionado exemplar do Charlie Hebdo, logo à primeira tiragem. Porque muitos milhões de curiosos e de “novos Charlie” têm de continuar a fazer o percurso dia após dia, até conseguirem o ambicionado número 1178, com uma impressionante tiragem de 5 milhões, em 25 países.

No próprio dia do atentado, quarta-feira passada, todos tinham a certeza de que, apesar do choque, das lágrimas, o jornal tinha de saír. Para mostrar aos assassinos que o objetivo tinha falhado.

Luz, “cartoonista” do Charlie Hebdo:

“A manchete foi tão dura de fazer como foi engulir a morte dos amigos”, confessou Luz, que caricaturou o Profeta Maomé a chorar e assumir “que também é Charlie”

Alojados na redação do Libération, os jornalistas, cronistas e caricaturistas, conceberam e fizeram o jornal que o seu anfitrião deu hoje a conhecer numa primeira página satírica, também, com o slogan: “eu estou no quiosque”.

Gérard Briard, o chefe de redação está convicto de que “este número, precisamente este, é o que vai fazer com que o mundo descubra o jornal e o que é que representa”. Desde a morte do General de Gaulle, em 1970, não havia tiragens tão grandes dos jornais que deram origem ao Charlie Hebdo – mesmo na altura, o France Soir teve dois milhões a menos. Os comerciantes nunca viram nada assim….

“Uma fila de espera como esta, em frente à porta, nunca vi. Estou aqui há 20 anos, nunca vi nada parecido! “

E Gérad Briard, o chefe do jornal satírico, tem razão: há muitos, mas mesmo muitos novos leitores do Charlie Hebdo.

“É importante, para mim, comprar porque vou conhecer o Charlie Hebdo, e isso vai decerto ser o suficiente para continuar a comprar no futuro…e tendo em conta a situação, penso que todos os franceses vão querer comprar o Charlie Hebdo”.

“É um símbolo, símbolo da liberdade de expressão”

- Não é leitor do Charlie Hebdo? – pergunta-lhe.
“Não, mas isso vai mudar”, garante o cliente.

“Eu quero ter um Charlie. Somos todos Charlie!”, grita um cliente ansioso.
Milhões de pessoas vão continuar a tentar comprar o seu exemplar nos próximos dias.

Na verdade, ter um exemplar do jornal tornou-se um ato cívico.

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