As autoridades argentinas estão a investigar a misteriosa morte do procurador Alberto Nisman, encontrado sem vida, horas antes de explicar uma
As autoridades argentinas estão a investigar a misteriosa morte do procurador Alberto Nisman, encontrado sem vida, horas antes de explicar uma denúncia contra a presidente Cristina Fernandez, frente ao parlamento.
Nisman, de 51 anos, foi descoberto morto, no domingo, na casa de banho do seu apartamento em Buenos Aires, com uma bala na cabeça e ao lado de um revólver calibre 22, como explica a magistrada, Viviana Fein, encarregue do caso:
“Infelizmente o procurador Nisman está morto. Dentro de alguns dias e com o resultado da autópsia poderemos determinar as causas da morte. Para já não seria prudente avançar com uma possível explicação”.
Nisman tinha acusado, na semana passada, a presidente e o seu ministro dos Negócios Estrangeiros de tentarem encobrir a responsabilidade de vários cidadãos iranianos num atentado contra um centro judaico em Buenos Aires, que provocou 85 mortos e mais de 300 feridos em 1994.
Segundo as provas que deveriam ser apresentadas hoje, os responsáveis políticos teriam tentado fechar o caso em 2013, com a criação de uma comissão de reconciliação, tendo em vista a assinatura de um acordo comercial de petróleo e cereais com Teerão.
As acusações foram rejeitadas pelo governo quando Israel exige hoje um inquérito preciso e rápido à morte do procurador.