Rússia preocupa delegados de Davos

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A situação na Rússia está mente de muitos delegados do Fórum de Davos. A Renault-Nissan detém uma participação de controlo do maior construtor

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A situação na Rússia está mente de muitos delegados do Fórum de Davos.

A Renault-Nissan detém uma participação de controlo do maior construtor automóvel russo, a Avtovaz. O presidente-executivo do grupo franco-nipónico, Carlos Ghosn, espera um recuo de cerca de 20 por cento no mercado russo:

“- Por um lado, o mercado está em declínio, por outro, a moeda está em queda. Os fabricantes estão a proceder à localização da produção na Rússia mas enquanto não estiver concluída, muitos componentes têm que ser importados. Ou seja, vamos vender carros em rublos mas uma parte dos custos são em euros ou em yens, o que é extremamente desfavorável.”

A queda do preço do petróleo e as sanções internacionais contra a Rússia, por causa da Ucrânia, abalaram a confiança dos investidores e provocaram a queda da cotação do rublo, no ano passado.

Sarah Chappell, Euronews:

“- Os economistas têm estado a rever em baixa as previsões de crescimento russo para os próximos anos, pois não acreditam que a situação económica vá melhorar rapidamente. O fim das sanções não está no horizonte e o preço do petróleo deve permanecer baixo.”

Para o número dois do FMI, Zhu Min, a Rússia vai ter um ano complicado mas talvez não seja tarde demais para retirar lições positivas da crise atual:

“- Tanto a descida do preço do petróleo, quanto as sanções, podem gerar uma oportunidade para a Rússia levar a cabo reformas estruturais. Penso que é fundamental para o país avançar com as reformas para reduzir a sua vulnerabilidade, quer para a Rússia, quer para o resto do mundo.”

Para o Fundo Monetário Internacional, a Rússia deveria diversificar a economia para reduzir a dependência do petróleo e do gás. Mas enquanto tal não acontecer, a economia russa vai continuar à mercê da flutuação do preço do crude.

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