Conselho de segurança da ONU discute apoio de Moscovo a separatistas na Ucrânia

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O conselho de segurança das Nações Unidas reuniu de emergência esta segunda-feira, para discutir o recente bombardeamento da cidade ucraniana de

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O conselho de segurança das Nações Unidas reuniu de emergência esta segunda-feira, para discutir o recente bombardeamento da cidade ucraniana de Mariupol, que causou a morte de trinta civis.

Planeado para atingir vítimas civis, o ataque foi um crime de guerra, sublinhou o secretário-geral adjunto das Nações Unidas para os Assuntos Políticos, Jeffrey Feltman.

Samantha Power, a embaixadora dos EUA na ONU, acusou a Rússia de realisar um plano de ocupação de território ucraniano.

“Infelizmente, estamos aqui mais uma vez porque a Rússia e os separatistas voltaram a desrespeitar os compromissos. São alvos novos, mas o objetivo final da Rússia continua o mesma: ocupar mais território ucraniano, fazer avançar a linha de controle russo em território da Ucrânia.”, denunciou a embaixadora norte-americana.

A ONU tem provas, com base em análises locais realizadas pela OSCE, de que os projéteis que mataram civis em Mariupol, na manhã de sábado, foram disparados do território controlado pelas milícias pró-russas. Apesar disto, Moscovo mantém a tática que tem desenvolvido: ignorar evidências e responsabilizar o governo ucraniano.

Para o embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, “As autoridades de Kiev devem ser forçadas a negociar com as forças de auto-defesa. A principal coisa que aqui todos devem entender é que só podem ser alcançados resultados reais através do diálogo direto entre Kiev, Donetsk e Luhansk”.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, reagiu entretanto às declarações do presidente Vladimir Putin, que acusou o exército ucraniano de operar como “legião estrangeira” da NATO.

“A afirmação de que há uma legião da NATO na Ucrânia é um absurdo”, disse Stoltenberg, acrescentando que “Não há nenhuma legião da NATO, as forças estrangeiras presentes na Ucrânia são russas”.

O secretário-geral da NATO exortou Moscovo a cessar o apoio aos separatistas na Ucrânia.

O autoproclamado líder da república separatista de Donetsk, Alexandre Zakhartchenko, começou por reivindicar ter lançado a ofensiva para controlar Mariupol. Depois de ter sido conhecida a morte de vítimas civis e face à indignação internacional, negou ter ordenado o ataque.

A cidade portuária de Mariupol, no mar de Azov, tem interesse estratégico para a Rússia, pois abriria uma ligação à Crimeia, anexada em março, que permanece muito dependente da Ucrânia para os fornecimentos de água e electricidade.

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