Condenado a 212 anos de prisão cumpriu 20 e vai agora ser libertado. Eugene de Kock sai em liberdade condicional. Coronel da polícia sul-africana na
Condenado a 212 anos de prisão cumpriu 20 e vai agora ser libertado.
Eugene de Kock sai em liberdade condicional.
Coronel da polícia sul-africana na era do apartheid, De Kock era comandante da C1, unidade, de contra insurgência que perseguiu, torturou e matou ativistas negros, incluindo militantes do Congresso Nacional Africano (ANC).
A libertação é controversa, mas o ministro da Justiça, Michael Masuth, justifica a decisão com o interesse de reconciliação e construção da nação.
Nas ruas, há quem pense que é necessário perdoar, outros afirmam que se trata apenas de mais um indício de corrupção.
“A justiça está corrupta ao mais alto nível e mesmo que pensemos que é errado libertá-lo, porque matou pessoas e outros desapareceram, não há nada que possamos fazer. Porque temos altas personalidades políticas que cometeram erros, mas foram perdoadas”
“A certa altura temos que nos perdoar. Como perdoamos, é que ambos os lados mataram. Temos muitos irmãos negros que mataram muitos brancos e também brancos que assassinaram. Mas construir a nação, esse é o problema e é difícil.
As autoridades revelaram que o Eugene de Kock, também conhecido como “o mal supremo”, mostrou arrependimento e colaborou no sentido de mostrar onde se encontravam os restos mortais de algumas das vítimas.
A liberdade condicional tinha sido rejeitada várias vezes no ano passado.
O apartheid acabou oficialmente em 1994.