Três dias de luto no Paquistão pelas 61 vítimas do atentado de sexta-feira

Três dias de luto no Paquistão pelas 61 vítimas do atentado de sexta-feira
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De  Francisco Marques com LUSA, REUTERS
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Decorreram este sábado os funerais de algumas das 61 pessoas mortas pela forte explosão ocorrida sexta-feira numa mesquita xiita, em Shikarpur, capital da região de Sindh, no norte do Paquistão.

A emoção e a revolta dominaram as cerimónias fúnebres, no primeiro de três dias de luto nacional decretado pelo governo paquistanês em memória das vítimas do atentado.

Centenas de xiitas encheram, entretanto, as ruas de Shikarpur, reclamando pela alegada falta de atenção dos governantes para as queixas xiitas face aos frequentes ataques de origem sunita, a etnia muçulmana dominante no país.

De acordo com a polícia, a explosão de sexta-feira terá sido provocada por um bombista suicida, no centro da mesquita, cujo engenho explosivo foi ativado numa altura em que aquele espaço estaria repleto de fiéis. Para lá dos 61 mortos, a explosão provocou ainda mais de 70 feridos.

Portugal, através do ministério dos Negócios Estrangeiros, liderado por Rui Machete, já se associou à condenação deste “violento ataque terrorista”. “O Governo português expressa ao Governo do Paquistão e às famílias das vítimas as suas mais sinceras condolências e a sua solidariedade para com os feridos, reafirmando a condenação do terrorismo sob todas as formas”, lê-se no comunicado do Palácio das Necessidades.

Este foi o mais sangrento ataque sectário desde janeiro do ano passado, quando 24 peregrinos xiitas que regressavam de autocarro do Irão foram mortos num ataque na província do Baluchistão, no sul do país.

A par do alto nível de violência terrorista, o Paquistão tem sofrido um número crescente de ataques sectários desde 2012, perpetrados maioritariamente por grupos radicais da maioria sunita contra elementos da minoria xiita, que corresponde a cerca de 20 por cento da população.

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