Ucrânia: Donetsk e Luhansk unem tropas para desafiar Kiev

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“O ocidente tem de estar preparado para um longo braço de ferro com a Rússia”, segundo o número dois da NATO, Alexander Vershbow. As declarações do

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“O ocidente tem de estar preparado para um longo braço de ferro com a Rússia”, segundo o número dois da NATO, Alexander Vershbow.

As declarações do vice-secretário-geral da Aliança Atlântica, em Oslo, coincidem com um apelo às armas lançado pelos rebeldes separatistas ucranianos, esta segunda-feira, quando as negociações de paz com Kiev se encontram em ponto morto.

Depois da derrota dos militares ucranianos no aeroporto de Donetsk, a cidade de Debaltseve, controlada por Kiev, tornou-se no principal palco dos confrontos entre os dois campos.

Nos arredores da localidade, são cada vez menos os habitantes que ainda não abandonaram a região, onde 5 militares e 15 civis morreram nas últimas 24 horas.

“Decidimos procurar refúgio neste subterrâneo pois os bombardeamentos prosseguem durante o dia inteiro. Só tivemos tempo para ir a casa comer”, afirmam dois residentes de Yenaklieve, nos arredores de Debaltseve.

Kiev afirma que os bombardeamentos dos rebeldes foram suspensos esta manhã, mas que os combates prosseguem em redor do importante nó ferroviário do leste do país.

Numa conferência de imprensa conjunta, esta tarde, os líderes separatistas de Luhansk e Donetsk anunciaram a formação de uma frente comum contra o exército ucraniano, com um apelo ao recrutamento de milhares de soldados.

Os dois responsáveis decidiram igualmente suspender a sua participação nas negociações de paz.

“O objetivo deste apelo é aumentar o nosso exército para atingir os 100 mil homens, o número total das forças reunidas de Donetsk e Luhansk”, afirma o líder da auto-proclamada “República Popular de Donetsk”, Alexander Zakharchenko.

Kiev tinha já convocado 50 mil soldados suplementares há alguns dias.

A nova escalada da tensão ocorre quando Kiev acusa a Rússia de ter enviado mais de 9 mil homens para o território.

O presidente russo, Vladimir Putin, lançou um novo apelo ao “fim das hostilidades”, esta segunda-feira, afirmando estar, “bastante preocupado com a situação no leste da Ucrânia”, segundo o porta-voz do Kremlin.

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