É inegável que a a guerra da ex-Jugoslávia deixou feridas por sarar, 20 anos depois. A memória dos acontecimentos é amarga e as diferentes etnias nem
É inegável que a a guerra da ex-Jugoslávia deixou feridas por sarar, 20 anos depois. A memória dos acontecimentos é amarga e as diferentes etnias nem sempre conseguem resolver os litígios sem azedume. À esquerda , uma aldeia de refugiados sérvios explulsos das Krajinas, na época, à direita o cemitério da cidade mártir de Vukovar
Vukovar, uma próspera cidade barroca, foi cercada (na guerra entre 1991 e 95) por 36 mil sérvios do Exércido Federal, contando apenas com a defesa de 1800 croatas mal armados. Durante três meses, a população foi alvo das maiores atrocidades, nomeadamente o massacre de 200 pacientes do hospital. Eram disparados 12 mil projéteis por dia, naquele que foi o mais longo e mortífero cerco na Europa, depois da II Guerra Mundial. Vukovar caiu em 18 de novembro de 1991, centenas de soldados e civis croatas foram massacrados pelas forças sérvias e pelo menos 31 mil pessoas foram deportadas da cidade e de seus arredores.10 11 Grande parte da população da cidade sofreu uma limpeza étnica e o local passou a fazer parte da auto-proclamada República Sérvia de Krajina.
Em agosto de 1995, os croatas reconsquistaram a região das Krajinas, e, em quatro dias, expulsaram os sérvios que se tinham instalado e causaram o êxodo de 200 mil habitantes.
“O genocídio pressupõe a intenção de destruir um grupo, ou ao menos em parte”; o veredicto do Tribunal Internacional de Justiça pretendeu contribuir para acalmar as tensões entre a Sérvia e a Croácia e não para decidir separar a ténue linha entre combates de guerra e genocídio.
Há várias organizações que tentam motivar os jovens a compreenderem melhor os traumas dos pais e as consequênciaainda abertas.