O presidente norte-americano Barack Obama recebeu esta segunda-feira a chanceler alemã Angela Merkel, em Washington, para discutir, entre outras
O presidente norte-americano Barack Obama recebeu esta segunda-feira a chanceler alemã Angela Merkel, em Washington, para discutir, entre outras questões, o conflito ucraniano e a eventual decisão de enviar armas ao exército ucraniano.
Numa conferência de imprensa conjunta, após o encontro, Angela Merkel manifestou a convicção de que o conflito ucraniano não pode ser resolvido pelas armas:
“Continuamos na busca de uma solução diplomática, mesmo se temos sofrido muitos contratempos. Vamos ver, nos próximos dias, se todas as partes estão abertas a uma solução diplomática.”, disse a chefe do governo alemão.
Obama reiterou a determinação dos Estados Unidos e dos seus aliados europeus em encontrar uma solução diplomática para as tensões com a Rússia sobre a Ucrânia.
A propósito da possibilidade de apoiar a capacidade militar do exército ucraniano com o envio de armas defensivas, Barack Obama explicou que todas as opções estão a ser analizadas por Washington e que antes de tomar uma decisão quis consultar a chanceler alemã e os restantes parceiros dos Estados Unidos.
“Se, de fato, a diplomacia falhar, o que pedi à minha administração é que sejam estudadas todas as opções, para vermos que outros meios podemos colocar em prática para mudar os cálculos do Sr. Putin. A possibilidade de enviar armas defensivas legais, é uma das opções que foram examinadas, mas eu ainda não tomei uma decisão.”, afirmou o presidente norte-americano.
A visita da chanceler alemã acontece dois dias antes da cimeira marcada para quarta-feira em Minsk, na qual será mais uma vez abordado o conflito ucraniano, que já mais de 5.300 mortos. Na capital bielorussa vão encontrar-se o presidente russo Vladimir Putin e o seu homólogo ucraniano Petro Poroshenko, acompanhados de Angela Merkel e do chefe de Estado francês François Hollande, para discutir um novo plano de paz, depois de o plano acordado em setembro ter sido violado. Os EUA não participarão nesta mesa de negociações.
O presidente norte-americano deixou também um recado ao chefe de Estado russo.
“Enquanto continuamos a trabalhar para uma solução diplomática, deixamos também claro novamente hoje que, se a Rússia continuar no seu curso atual, que está a arruinar a economia russa e a prejudicar o povo russo, ao mesmo tempo que tem um efeito tão terrível sobre a Ucrânia, o isolamento da Rússia só vai piorar tanto política como economicamente”, disse Obama.