SwissLeaks: reações internacionais pressionam Suíça

SwissLeaks: reações internacionais pressionam Suíça
De  Nelson Pereira
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Sucedem-se as reações no mundo às revelações do inquérito “SwissLeaks”, sobre a evasão ao fisco operada pelo banco britânico HSBC a favor de cento e

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Sucedem-se as reações no mundo às revelações do inquérito “SwissLeaks”, sobre a evasão ao fisco operada pelo banco britânico HSBC a favor de cento e seis mil clientes de duzentos países.

Na Grã-Bretanha, uma comissão parlamentar anunciou a abertura de um inquérito sobre o HSBC.

O ministro das Finanças francês Michel Sapin prometeu uma reação forte de Paris.

“Para nós, esta é uma informação importante, que não altera nada na nossa política. Estamos determinados a fazer com que sejam punidos todos aqueles que cometeram fraude e que ajudaram a defraudar”, disse Sapin.

A Bélgica, que viu fugir seis mil milhões de euros através da filial suíça do banco britânico, prepara-se para emitir mandatos de detenção contra antigos e atuais dirigentes do HSBC, caso as autoridades suíças não cooperem.

Para a advogada belga Sabrina Scarna, as autoridades suíças não vão por certo mostrar facilmente disponibilidade para uma colaboração com um inquérito desta natureza.

“Na Suíça, existem duas noções : a evasão fiscal, que não é considerada grave no sentido penal do termo, e a fraude fiscal. E só em caso de fraude fiscal é que a Suíça poderia colaborar, o que as autoridades do país reconhecem com dificuldade”, explicou esta especialista em direito fiscal.

Uma investigação por um consórcio internacional de jornalistas conduzida pelo jornal francês Le Monde, apurou que quantias não declaradas num montante de 180,6 mil milhões de euros transitaram pelas contas da filial suíça do banco britânico HSBC, em Genebra, entre 09 de novembro de 2006 e 31 de março de 2007, dissimuladas, entre outras, em estruturas ‘offshore’ nas Ilhas Virgens Britânicas e no Panamá.

Entre os clientes do banco britânico que beneficiaram desta via fraudulenta, estão líderes políticos, banqueiros, advogados, monarcas, homens de negócios, desportistas, atores e provavelmente de sauditas suspeitos de te financiado Osama Bin Laden.

As informações confidenciais do HSBC na Suíça chegaram à imprensa graças a Hervé Falciani, um franco-italiano que recolheu informação enquanto responsável pelo serviço informático na filial de Genebra entre 2006 e 2007, e que as autoridades suíças procuram deter desde 2008.

Falciani terá sido instruído pelos serviços secretos israelitas para informar bancos no Líbano de falhas de segurança no HSBC, com o objetivo de dissuadir os clientes de usar dinheiro clandestino para financiar o terrorismo.

O HSBC assegurou que a filial suíça sofreu nos últimos anos uma “transfromação radical” que excluem atualmente a possiblidade de semelhantes práticas, mas na Suíça os receios pelo prejuízo deste escândalo para a imagem do país começam a fazer surgir vozes que reclamam de um inquérito. Até hoje, a única investigação movida pelas autoridades suíças concentrou-se em Hervé Falciani.

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