Grécia recusa ultimato do Eurogrupo

Grécia recusa ultimato do Eurogrupo
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De  Ricardo Figueira com Efi Koutsokosta, Reuters
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A Grécia tem até sexta-feira para pedir uma extensão, por seis meses, do programa de ajuda financeira.

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A Grécia e o resto do Eurogrupo ficaram de costas voltadas ao fim da reunião para decidir a continuidade do programa de ajudas.

O presidente do grupo de ministros das Finanças da Zona Euro, Jeroen Dijsselbloem, lançou um ultimato à Grécia: Tem até sexta-feira para pedir uma extensão do resgate por seis meses ou ele é dado por terminado no fim do mês: “Dentro do programa, há muitas mudanças possíveis, há flexibilidade. Mas os aspetos principais, que são o rigor orçamental e a reforma da economia, têm de ser mantidos. O primeiro passo tem de ser uma extensão do programa e só depois se deve discutir o conteúdo. Deve ser assim e não ao contrário”, disse Dijsselbloem.

O ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, insiste numa solução que passe pelo fim da austeridade, que foi o grande cavalo de batalha do Syriza e deu ao partido de Alexis Tsipras a vitória nas urnas: “Oferecemos um adiamento do nosso programa, o programa para o qual fomos eleitos, por um período de seis meses. Tudo o que nos deram em troca foi uma promessa nebulosa de flexibilidade que nunca foi especificada”.

A repórter da euronews Efi Koutsokosta esteve na reunião: “Quem insiste na implementação do memorando da troica está a perder tempo – foi a resposta de Atenas ao ultimato do Eurogrupo. Mas o tempo está a acabar. O Eurogrupo e a Comissão Europeia deram à Grécia um prazo até sexta-feira para encontrar uma solução. Caso contrário, o atual programa caduca no dia 28 de fevereiro e o financiamento do país pode ficar em risco”.

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