Os observadores internacionais permanecem impedidos de aceder à cidade de Debaltseve, no leste da Ucrânia. Três dias após a tomada da localidade
Os observadores internacionais permanecem impedidos de aceder à cidade de Debaltseve, no leste da Ucrânia.
Três dias após a tomada da localidade estratégica pelos rebeldes pró-russos, o porta-voz da OSCE em Kiev afirma não ter obtido garantias de segurança por parte dos separatistas quando prosseguem as violações do cessar-fogo.
“Há um cessar-fogo geral mas continuamos a assistir a algumas exceções, continuam a existir zonas de tensão, como em Mariupol, onde, até à noite passada, registámos vários bombardeamentos a cerca 20, 30KM, a leste da cidade”, afirma o porta-voz da missão da OSCE na Ucrânia, Michael Bociurkiw.
Em Debaltseve, mais de uma centena de militares ucranianos serão prisioneiros dos separatistas. Uma troca de detidos está prevista para sábado mas, aparentemente sem a presença dos observadores da OSCE.
“O campo rebelde não nos deu qualquer garantia de segurança em Debaltseve, o que é o mesmo que impedir o acesso à cidade. Nós somos uma missão civil, sem armas, e não podemos deslocar-nos a determinados locais sem uma garantia de segurança”, sublinha Bociurkiw.
O presidente do Conselho da UE, Donald Tusk, viaja domingo a Kiev, depois de ter evocado esta sexta-feira a necessidade de uma “resposta europeia”, com sanções ou o envio de forças de paz, às violações do novo acordo de cessar-fogo entre o exército ucraniano e os separatistas pró-russos.