Espanha: ano eleitoral promete ser agitado

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Em Espanha, o ano eleitoral promete ser agitado. Espera-se que as eleições parlamentares, no final do ano, venham mudar o sistema, com dois partidos

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Em Espanha, o ano eleitoral promete ser agitado. Espera-se que as eleições parlamentares, no final do ano, venham mudar o sistema, com dois partidos vigentes, desde a década de 70.

Os espanhóis parecem determinados a virar o tabuleiro, começando pelas eleições municipais e regionais, em maio. A Andaluzia abre o caminho, já em Março.

Pretendem virar o tabuleiro porque ainda não sentem a retoma da economia. Houve um crescimento de 1,4 por cento em 2014, e a previsão para este ano é de 2%.

O desemprego continua alto, com uma taxa de mais de 23% e as perspetivas, a curto prazo, não são animadoras, apesar de uma descida nos últimos dois anos consecutivos.

Os espanhóis também sentiram o impacto dos cortes na despesa pública, uma medida de austeridade do governo de centro-direita. A ajuda monetária para famílias com filhos é uma dos mais baixos da União Europeia, à volta dos 24 euros por mês e apenas para famílias que ganham menos de 11 mil € por ano.

De acordo com dados do Eurostat, Espanha tornou-se o país com a maior desigualdade em termos de distribuição de riqueza, logo depois da Letónia. A seguir está Portugal.

O governo é acusado de perpetuar esta desigualdade. Algo que levou à ascenção do partido, de extrema esquerda, Podemos, formado há um ano. Tem feito campanha para acabar com a austeridade e com a corrupção.

O líder dos Ciudadanos, Albert Rivera, é da Catalunha e, embora seja contra o movimento de independência da região é, no entanto, a ameaça número um ao conservador Partido Popular.

Numa sondagem de opinião feita, em fevereiro, pelo jornal El Pais, o Podemos está em primeiro lugar e o partido Ciudadanos, sem presença parlamentar, aparece em quarto lugar. Ambos acusam os partidos no poder de corrupção.

Como do escândalo que envolveu o ex-tesoureiro do PP, Luis Bárcenas. Foi libertado da prisão, onde esteve durante 19 meses, por risco de fuga, mas a investigação continua. A corrupção e o desemprego são as questões que mais preocupam os espanhóis.

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