Amnistia Internacional: "2014 foi um ano catastrófico" para os refugiados

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Segundo a Amnistia Internacional, 2014 foi um ano catastrófico para milhões de pessoas apanhadas nos conflitos. O último relatório anual sobre os

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Segundo a Amnistia Internacional, 2014 foi um ano catastrófico para milhões de pessoas apanhadas nos conflitos.

O último relatório anual sobre os direitos humanos acusa os governos e as Nações Unidas de hipocrisia, por dizerem que os civis merecem proteção, mas não tomando qualquer posição sobre o assunto.

O relatório diz ainda que, no ano passado, o número de refugiados, em todo o mundo, ultrapassou os 50 milhões.

E que o Conselho de Segurança da ONU falhou na proteção aos civis. Com os cinco membros permanentes, a abusar do poder de veto, colocando os seus próprios interesses em primeiro lugar, relativamente às crises na Síria, Iraque, Gaza, na Ucrânia e em Israel.

Quanto ao conflito entre Israel e Gaza, refere-se que os alegados crimes de guerra cometidos por ambos os lados, foram tratados com “indiferença”. Enumera abusos em 35 dos 160 países abrangidos no relatório.

Referem ainda que as autoridades de Kiev não trouxeram a julgamento os responsáveis pela morte dos manifestantes, em Maidan. Um ato de violência que degenerou numa guerra civil, com a participação da Rússia. Diz que morreram mais de 4 mil ucranianos no leste da Ucrânia, em 2014, muitos deles civis.

O relatório incide ainda no voo MH17 e no avião, da Malaysia Airlines, abatido em território controlado pelos rebeldes. Refere que, primeiramente, os rebeldes alegaram ter destruído um avião militar ucraniano, retirando, de seguida, a alegação, quando se soube tratar-se de um avião comercial e que morreram 300 civis.

A Amnistia é mordaz em relação à falta de resposta coletiva da União Europeia em relação aos refugiados e à questão da imigração ilegal, já que morreram 3400 imigrantes a tentar atravessar o Mar Mediterrâneo, no ano passado.

Espanha foi criticada pelo excessivo uso da força e pela forma como lida com os imigrantes ilegais que tentam entrar no enclave espanhol de Ceuta e Melilla.

A Amnistia foi ainda mais longe falando de falhas na prevenção de atrocidades em massa e na assistência direta a milhões de pessoas que fugiram à violência.

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